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Na convocação da seleção, Dunga esqueceu que menos não tem variação no feminino. (Foto:  Rafael Ribeiro / CBF)
Na convocação da seleção, Dunga esqueceu que menos não tem variação no feminino. (Foto: Rafael Ribeiro / CBF) | Foto:

Quem sempre está atento ao uso da língua portuguesa, tanto na modalidade oral quanto escrita, sabe que há um erro bastante comum na fala das pessoas: o uso da palavra “menos” de forma errada, como se ela pudesse ser passada para o feminino (menas!).

Na convocação da seleção, Dunga esqueceu que menos não tem variação no feminino. (Foto:  Rafael Ribeiro / CBF)

Na convocação da seleção, Dunga esqueceu que menos não tem variação no feminino. (Foto: Rafael Ribeiro / CBF)

E esse escorregão foi cometido pelo técnico da seleção brasileira, Dunga. Em uma declaração sobre o ataque convocado para amistosos contra EUA e Costa Rica, Dunga disse que gostaria de ver o time jogando “pelas pontas, onde tem menasgente”.

“Menos” é um advérbio de intensidade, assim como “demais”, “meio”, “muito”, “pouco”, “bastante”, “quão” , entre outros. Os advérbios são invariáveis, ou seja, não mudam de gênero (masculino ou feminino) nem de número (singular ou plural). Dessa forma, eles nunca se alteram, independente da frase, e sempre serão usados da forma “como vieram ao mundo”. Dunga deveria ter dito que o time deve jogar pelas pontas, onde há “menos” gente.

EM TEMPO!
Alguns desses advérbios – “meio”, “muito”, “pouco”- são, em determinadas sentenças, adjetivos ou pronomes indefinidos, que são classes gramaticais variáveis! Veja nos exemplos:
Ela está meio (advérbio)cansada.

Pedi meia (adjetivo=metade) porção de batata frita.

A professora foi muito (advérbio) educada.

Muitas (pronome indefinido=várias) pessoas discordam do atual governo.

Tem mais dúvidas? Entre em contato conosco: contato@todaletra.com.br. Até a próxima.

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