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O Paraná, livre de febre aftosa sem vacinação, é também a oportunidade de dizer ao mundo que somos um país com um sistema sanitário eficiente. Para chegar a esse estágio estão sendo respeitados os protocolos e normas internacionais, auditadas pelo Ministério da Agricultura e pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

O estado está cumprindo a agenda e se adequando às exigências, entre elas a nomeação dos técnicos da Agencia de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) no último dia 1º, e a construção das barreiras nas divisas com os estados limítrofes.

Por si só, isso já seria suficiente para defender a suspensão da vacinação, considerando que o Paraná pode se diferenciar ao oferecer ao mercado mundial, além da segurança alimentar, um produto com qualidade e valor agregado, que se traduzirá em lucro para o pecuarista.

Esse cenário gera um efeito multiplicador com benefícios econômicos e sociais na suinocultura, avicultura, bovinocultura de leite e de corte com seus derivados contribuindo para o desenvolvimento do Estado. Já estão confirmados investimentos das cooperativas paranaenses de R$ 1,5 bilhão em novos frigoríficos de suínos nos próximos cinco anos.

Um estudo sobre a retirada da vacinação da febre aftosa, realizado pela Universidade de Brasília, concluiu que no pior cenário possível a estratégia traz um retorno para a sociedade de mais de R$ 2 bilhões.

Na suinocultura, o Paraná é o terceiro maior produtor nacional de carne suína, a mais consumida no mundo, podendo atingir mercados como o Japão e a Coreia do Sul, em que a remuneração pode chegar a 40% a mais por tonelada na comparação com países importadores menos exigentes.

São 30 mil produtores comerciais, número que chega a 135 mil, se somados os produtores ocasionais ou de consumo próprio. A suinocultura paranaense gera em torno 200 mil empregos diretos e 300 mil indiretos. São 22 frigoríficos inscritos no Serviço de Inspeção Federal e 55 frigoríficos inscritos no Serviço de Inspeção Estadual.

A avicultura gera receitas de US$ 2,36 bilhões. São 60 mil empregos diretos e 600 mil indiretos. Mais de 18 mil produtores integrados e 35 mil pequenos agricultores que fornecem insumos.

Na bovinocultura de leite, temos 118 mil produtores e 318 indústrias. O aumento da produção e a melhoria da qualidade em breve nos levará a um excedente de leite que poderá abastecer o mercado internacional.

Independente de todos os benefícios citados, o Paraná livre de febre aftosa sem vacinação atende ao plano de ação de 2011 a 2020 do Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA), que prevê a América do Sul livre da aftosa ao fim desse período.

Todos os estados sonham com essa possibilidade e estão trabalhando com esse objetivo. Entretanto nem todos reúnem as condições necessárias para atingi-lo nesse momento. A diferença é que hoje o Paraná reúne essas condições.

É importante ressaltar também que essa é uma história que vem de longe e culminou com o reconhecimento do Paraná como área livre de febre aftosa com vacinação na reunião da OIE, em maio do ano 2000.

Não é de hoje que estamos trabalhando para dar à nossa pecuária - bovina, suína e aves – as condições indispensáveis para garantir a sanidade de nosso produto, tanto no mercado doméstico como no mercado externo. Sem dúvida a erradicação é um processo lento e progressivo, porém não devemos retroceder.

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