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O crescimento mundial acelerado da economia mundial nos últimos anos gerou a explosão dos preços do petróleo no mercado internacional. Em 2005, o petróleo rompeu a marca de US$ 50,00 por barril (159 litros). Em julho, encostou na marca de US$ 80 o barril na Bolsa de Nova York. Este novo encarecimento da principal fonte de energia planetária disparou a centelha necessária para gerar o incremento da demanda por combustíveis renováveis, leia-se, etanol e biodiesel no primeiro momento. Essa substituição do ouro negro está promovendo uma verdadeira transformação na curva de preços dos produtos agrícolas, fenômeno que estamos assistindo atualmente.

A primeira delas vem sendo observada no mercado da soja, onde, embora os estoques estejam nos seus mais altos patamares da história, cerca de 55 milhões de toneladas (o equivalente a uma safra brasileira), os preços rondam os US$ 7 por bushel (US$ 257 por tonelada), valores bem acima da média histórica dos últimos 15 anos, que gira ao redor de US$ 6 por bushel.

Para explicar essa cotação tão elevada em um momento de abastecimento tão tranqüilo no mercado da oleaginosa, temos que olhar para o mercado do milho, que pode viver uma situação de abastecimento dramática, caso ocorra qualquer frustração de safra em seus dois maiores produtores e exportadores: EUA e China. Com isso, para se entender da soja, temos que continuar olhando para o mercado do milho. Nos últimos dois meses, as cotações das duas commodities andaram de mãos dadas.

Os norte-americanos, os maiores produtores e exportadores do mundo, assistem a seu quadro de abastecimento se enfraquecer diariamente com o incremento do consumo do cereal destinado à produção de etanol. Atualmente, nos EUA temos o segundo mais baixo estoque da história recente. Não por acaso, atualmente o preço do milho no mercado internacional é o segundo maior da história.

O drama do milho também pode ser observado pelos mais baixos estoques do mundo. Se amanhã, por algum motivo, a produção de milho fosse interrompida, os estoques do cereal seriam consumidos em apenas 46 dias. Muito pouco, muito risco. Por essa razão é que podemos afirmar que 2007 será o ano do milho.

fmuraro@agrural.com.brwww.agrural.com.br

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