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O biodiesel brasileiro precisa da soja tanto quanto o etanol norte-americano do milho. Uma relação de dependência que torna essas matrizes energéticas alvo de questionamentos constantes. Primeiro por sua viabilidade – ou inviabilidade – econômica ou então pela fragilidade social, inerente à atividade, com a destinação de alimento à produção de combustível.

O Brasil saiu do B2 em 2008 para B4 neste ano, com a meta de atingir o B5 em 2013. O cronograma vem sendo cumprido. Mas o grande questionamento ainda persiste. A que preço? Soja é para produzir ração, óleo vegetal e alimento, não biocombustível. Cadê a mamona, a palma e o pinhão manso? Pelo menos essas eram as apostas do governo. A soja era opção temporária e alternativa.

Contudo, cinco anos se passaram e soja ainda representa 80% da produção de biodiesel. A agricultura empresarial, e não a familiar, como queria o governo, continua sustentando a demanda pelo óleo vegetal combustível, que aumenta a cada ano. E quer o governo queira, ou não, essa relação não vai mudar tão cedo. A soja ainda será o carro-chefe por muitos e longos anos. O que pode, e deve mudar, é a opção do governo em misturar política energética com política social.

Na edição de hoje, o Ca­­mi­­nhos do Campo conta um pouco dessa história e como o mercado interno tem encarado essa nova destinação do grão.

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