A quebra de safra ocorrida na América do Sul no início do ano aliada à previsão de redução na colheita norte-americana estão colocando em risco o abastecimento global, avaliam especialistas. Para o técnico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no Paraná, Eugenio Stefanelo, os Estados Unidos terão de reduzir a produção de etanol para ter produto disponível à exportação. O país é o maior fornecedor mundial e utiliza maior parte da colheita do cereal para transformá-lo em combustível.
"Além disso, vai ser necessário um reajuste nos preços mundiais de carne e leite para compensar o aumento nos custos de produção", diz Stefanelo, também ex-secretário da Agricultura do Paraná.
A possibilidade de desabastecimento de soja e milho está prevista para o segundo semestre, período em que normalmente o mercado conta com oferta de grãos cultivados no Hemisfério Norte. Celeiro do mundo, o Brasil tende a suprir parte da demanda deixada em aberto por causa da quebra de safra dos Estados Unidos. Mas, após colherem volume recorde de milho, que será confirmado até o final do mês que vem, os agricultores brasileiros devem focar sua atenção na soja. As estimativas atuais apontam que o país terá potencial para 82 milhões de toneladas do produto.
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