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2009 não será um dos me­­lhores anos do agronegócio. O temor e o impacto da crise financeira mundial travaram negócios, reduziram e suspenderam investimentos em todos os elos da cadeia produtiva. A falta de crédito também fez as exportações encolherem e apertou a balança comercial do setor.

Mas isso foi no primeiro semestre, quando as incertezas sobre a retomada do consumo e do poder de comprar nos países desenvolvidos – os mais afetados pela turbulência econômica – ainda eram muito fortes. Na segunda metade do ano, porém, o cenário se ajustou. Não com o mesmo vigor dos meses que antecederam o estouro da crise, mas o crescimento, ou a retomada, voltou a figurar nas projeções.

Os indicadores de três das principais cadeias produtivas do agronegócio nacional não deixam dúvidas de que a economia entrou de novo em rota de ascensão. A produção de açúcar no país, mesmo com a safra de cana debaixo de chuva, deve estabelecer um novo recorde. E apesar da oferta interna maior, a demanda internacional continua aquecida, por conta da quebra na Índia, o segundo maior produtor.

O frango tupiniquim, em especial o paranaense – o estado lidera os embarques dessa carne –, depois de perder terreno no exterior, volta a crescer e deve terminar o ano no mesmo patamar de 2008. Para um segmento que chegou a falar em retração, o zero a zero pode ser um grande negócio.

Por fim, o mercado do complexo soja, que mesmo com a grande safra norte-americana de 90 milhões de toneladas e a previsão recorde de 64 mi­­lhões de toneladas no Brasil, continua sustentando cotações acima de US$ 10/bushel em Chicago ou US$ 22/saca. O resultado é fruto de uma demanda forte e da aposta dos fundos de investimento em um ativo mais seguro.

Então, 2009 foi assim, com crise e tudo. Pelo menos para o agronegócio brasileiro, um ano que deve, sim, ser motivo de comemoração. E que ve­­nha 2010.

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