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O força dos efeitos da crise internacional no agronegócio ainda é desconhecida e deixa o setor em posição de espera. A cooperativa Agrária, uma das mais protegidas, por atuar num sistema de negociação fechado com o produtor, não vai programar novos investimentos para este ano antes de abril, quando será possível fazer uma melhor avaliação da conjuntura internacional e de quanto será a renda desta safra de verão. A empresa está apenas concluindo projetos que estavam em andamento e fazendo "o que é necessário para produzir", afirma o gerente de Cooperados, Roberto Sattler. O maior desses projetos é a ampliação da maltaria, que exigiu R$ 100 milhões em 2008 e deve receber mais R$ 50 milhões neste ano.

Sattler considera que a grande incógnita para o agronegócio diz respeito ao comportamento do consumo de alimentos durante a crise, que deve definir preços. A partir de abril, esse fator terá contornos mais claros, afirma o coordenador comercial de grãos, Fernando Stoetzer.

A maltaria Agromalte terá a capacidade de produção elevada das atuais 140 mil toneladas/ano para 220 mil toneladas/ano (60%). Com isso, a Agrária quer ampliar sua participação de 15% para 20% enquanto fornecedora de malte para a indústria brasileira. O malte (cevada germinada e seca) é ingrediente básico da cerveja e de outras bebidas.

A indústria existe desde 1981 e faz parte da estratégia de proteção ao produtor rural. Os 400 associados ativos da Agrária podem ampliar o plantio sem se preocupar com o destino da cevada. Assim ocorre também no trigo, cuja comercialização é freqüentemente suspensa em plena safra. O moinho da Agrária funciona desde a década de 50 e recebe até 137 mil toneladas de cereal por ano.

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