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A crise que afeta o agronegócio brasileiro exige um profissionalismo cada vez maior no planejamento da agricultura no país, em especial na produção de grãos. A safra 06/07, que começa a ser cultivada em menos de dois meses, coloca em xeque o produtor rural.

Apesar dos levatamentos oficiais estarem apenas começando, a redução da área cultivada é dada como certa pelas consultorias em agronegócio. O que mais preocupa, no entanto, é a utilização de menos tecnologia, que deve resultar em menor produtividade. Ao reduzir área e tecnologia, a intenção do produtor é diminuir o risco. Por outro lado, ele também está descapitalizado – em muitos casos sem acesso a crédito – e, portanto, sem opção, o que só faz aumentar o dilema. Se mantever a área e economizar em insumos, o agricultor cria um falso cenário de economia, garantem os especialistas.

O tiro no pé vem com a queda na produtividade e o aumento no custo de produção, agravando ainda mais a crise da porteira para dentro. Fazer o cultivo como manda a cartilha, com a manutenção da área e uso da tecnologia recomendada, é quase impossível diante de uma conjuntura desfavorável, um risco que poucos estão dispostos a enfrentar.

A recomendação, portanto, é desacelerar, mas com segurança. De acordo com os analistas, a redução da área é uma alternativa quase inevitável neste momento. Mas a opção não pode vir acompanhada de menos tecnologia. Plantar menos, tudo bem, desde que plante bem e garanta uma boa produção, otimizando recursos e potencializando resultados.

E a preocupação não está presente somente na agricultura. Em tempos de crise, a busca de resultados também tem sido fundamental no desempenho da atividade pecuária. A bacia leiteira da Região dos Campos Gerais é um exemplo de como a tecnologia é fundamental para a atividade.

Na reportagem de capa, o Caminhos do Campo mostra a evolução da cadeia produtiva do leite no Paraná. Veja o que produtores e indústrias estão fazendo para enfrentar a escalada da produção, num ambiente de superoferta para uma demanda que cresce menos de 1% ao ano.

Ainda nesta edição, conheça um pouco sobre a participação dos brasileiros na produção agrícola da Bolívia. Um dos maiores produtores do país é de Londrina (Norte do estado). Os paranaenses já respondem por metade da produção boliviana, de 2 milhões de toneladas de soja.

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