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O clima desfavorável às lavouras dos Estados Unidos rendeu mais uma semana de ganhos expressivos para o mercado de grãos. Na Bolsa de Chicago, soja e milho encerraram a sexta-feira com valorização de dois dígitos. Cotado a US$ 16,42 por bushel (cerca de US$ 36 por saca), o julho/12 da oleaginosa, que puxa a fila de contratos na bolsa norte-americana, subiu 16,25 pontos no dia e 22,25 pontos na semana. Com baixa de 15,25 pontos no dia, mas alta de 12,50 pontos na semana, o primeiro contrato do cereal fechou a jornada valendo US$ 7,5575 por bushel (pouco menos de US$ 18 por saca).

Contaminados pelo desempenho positivo do mercado internacional, os preços internos também avançaram com força no Brasil. Compradores de Ponta Grossa, a praça mais valorizada do interior paranaense, chegaram a oferecer R$ 76 pela saca de soja e R$ 27 pela saca de milho. No Porto de Paranaguá, houve registro de negócios envolvendo pequenos volumes da oleaginosa a R$ 80/saca.

A disparada das cotações, que tanto em Chicago quanto no Brasil têm renovado recordes quase diariamente, acompanha a queda na qualidade das lavouras do maior produtor e exportador de grãos do mundo. Depois de enfrentar o mês de junho mais seco desde o Dust Bowl (série de tempestades de areia que ocorreram nos EUA na década de 30 e causaram um dos maiores prejuízos agrícolas e econômicos da história do país), o nível de umidade dos solos do Meio-Oeste, principal região produtora, caíram ao menor nível em mais de 100 anos. Segundo o Serviço Nacional de Meteorologia (NOAA, na sigla em inglês), desde 1895 o Corn Belt não enfrenta uma seca tão severa como a deste ano.

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