A incerteza quanto a convocação para assumir os cargos no Instituto Paranaense de Assistência Técnica (Emater) voltou ao cotidiano dos 400 aprovados no concurso, realizado no dia 2 de junho de 2014. O motivo é o não cumprimento do cronograma inicial estabelecido pelo governo estadual para viabilizar a renovação do quadro de funcionários da entidade. Diante do desencontro entre os órgãos responsáveis (Emater, Secretaria da Agricultura e Secretaria da Fazenda) e da burocracia, a validade do concurso, que termina em 2 de julho de 2016, está em risco.
“Os procedimentos internos estão prontos. Espero que não exista risco de perder a validade. Estou acreditando que as coisas vão acontecer como estabelecido”, ressalta o presidente da Emater, Rubens Ernesto Niederheitmann.
No dia 16 do mês passado, o secretário de agricultura do Paraná, Norberto Ortigara, confirmou, por meio de uma rede social, que estava definido um cronograma para nomeação dos profissionais. A primeira data, 30 de setembro, quando ocorreria o lançamento do Plano de Demissão Voluntária (PDV) para estimular a saída de parte dos técnicos em atividade, não foi cumprida. Procurado pela reportagem, Ortigara comunicou que só irá comentar o assunto após o decreto do processo for assinado.
De acordo com a Secretaria Estadual da Fazenda, o decreto será enviado nos próximos dias para Casa Civil, para posterior assinatura do governador Beto Richa. Ainda segundo o órgão, o atraso ocorreu em função da adequação do orçamento, mas que o prazo final para convocação dos aprovados, 1° de março de 2016, permanece.
“Estamos no aguardo do decreto. Se sair nos próximos dias, a princípio, as outras datas ficam mantidas”, diz Niederheitmann.
Datas
A meta do PDV é viabilizar a saída de até 148 trabalhadores, gerando uma economia para os cofres da Emater de até R$ 700 mil. Segundo Niederheitmann, o recurso é suficiente para contratar os 400 aprovados.
A partir do lançamento do PDV, ainda sem nova data definida, os atuais profissionais poderão aderir ao processo. No dia 29 de fevereiro do próximo ano, o governo estadual faria a rescisão dos interessados em deixar o órgão e o pagamento da 1.ª parcela do acerto financeiro. No dia seguinte, os aprovados começariam a ser chamados.
