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A Conab ofertou ontem 17,8 mil toneladas de feijão de cor – 5 mil toneladas produzidas no Paraná – em nova tentativa de reduzir os preços ao consumidor, mas não atraiu comprador para nenhum quilo do alimento. O preço de abertura do leilão eletrônico foi afixado em R$ 81,96, cotação 20% abaixo da média praticada no estado.

A falta de interesse dos distribuidores de feijão vem sendo relacionada pelos especialistas à qualidade do produto da Conab, considerada baixa para a cotação estipulada em edital. A Conab reduziu em 8,93% a cotação praticada nos dois últimos leilões (R$ 90 a saca), mas não adiantou. O mercado queria pagar ainda menos pelo produto.

O leilão de ontem foi a terceira tentativa frustrada de vender feijão neste ano. Novo leilão eletrônico está marcado para a próxima quinta-feira. Em oferta, a mesma quantidade de feijão: perto de 5 mil toneladas do Paraná, 5 mil de Santa Catarina, 5 mil de Goiás e 5 mil de São Paulo. O preço de abertura deve ser definido dois dias antes da operação.

Os preços pagos ao produtor de feijão do Paraná subiram 60% no último ano, apesar da tendência de a produção das três safras do ciclo 2009/10 se manter em 780 mil toneladas no estado e em 3,5 milhões de toneladas no país. No início do ciclo, as cotações estavam baixas. A Conab chegou a comprar 180 mil toneladas do produtor, como forma de garantir renda mínima ao setor. A medida, no entanto, ajudou a fazer os preços subirem. O produtor recebe atualmente cerca de R$ 105/sc na venda livre de feijão de cor e R$ 70/sc no feijão preto no Paraná.

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