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"Não deve haver fechamento de aviário por causa disso, mas teremos de achar uma saída para o curto e médio prazo, que pode ser diminuir as aves nos alojamentos", disse ontem o presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins, no lançamento da Expedição Avicultura.

Martins afirmou que, neste momento, o setor depende de apoio do governo federal para reduzir custos e manter as exportações em alta. "Os incentivos dados aos exportadores de soja e milho deveriam ser dados às indústrias de esmagamento do país. Consequentemente, teremos um farelo mais barato", argumentou, defendendo que é preciso manter a carne a custo baixo para que o consumo per capita continue aumentando.

O que o governo federal pode fazer no curto prazo é oferecer recursos a juros baixos, prorrogar dívidas e subsidiar a comercialização de milho, disse o superintendente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Daniel Gonçalves Filho. A avicultura teme, no entanto, que essas intervenções não sejam suficientes para baixar a cotação do insumo (e da ração), que decolou devido aos recordes do mercado internacional, provocados pela seca nos Estados Unidos.

O deputado federal Rei­nhold Stephanes (PSD), ex-ministro da Agricultura, disse que Brasília desconhece a avicultura e que o apoio pode chegar atrasado. "O governo tem de se antecipar à crise, e não deixar chegar ao ponto da suinocultura, que esperou 18 meses por apoio", cobrou.

Com capacidade de abate 30% maior que a de cinco anos atrás, a avicultura ampliou sua importância na economia do Paraná, sendo responsável por 550 mil empregos. Em relação ao primeiro semestre do ano passado, as exportações cresceram 12% em volume (para 563,5 mil toneladas) e 3,3% em valor, atingindo US$ 1 bilhão, recorde para o período de janeiro a junho.

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