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As apostas na safra de verão do Paraná acabam de ser, finalmente, definidas. Desde meados do ano, a expansão do milho era dada como certa, mas não se sabia o tamanho da área que a cultura iria "roubar" da soja. Agora, faltam menos de 10% da área reservada ao cereal para se plantar no estado, o que permite uma avaliação mais precisa sobre a temporada. E o que se comprova é uma expressiva recuperação de área pelo milho.

O indicador da Expedição Safra Gazeta do Povo, publicado na edição de hoje do Caminhos do Campo, mostra que os produtores ponderaram preços, questões climáticas, práticas de manejo, planos para a safra de inverno e chegaram à conclusão de que este é o momento para devolver ao cereal parte das terras que havia perdido nos últimos dois anos. A avaliação do setor considerou também as tendências do mercado internacional, que abre espaço para a produção sul-americana.

As apostas na soja, por sua vez, não deixaram de avaliar preços, estoque, demanda e rentabilidade. Em boa medida, no entanto, se embasaram na experiência acumulada em anos de produção e comercialização. Em time que está ganhando, até se mexe, mas não muito. Além de continuar em um bom mo­­mento de preços, as lavouras da oleaginosa têm maior poder de recuperação em caso de problemas climáticos como estiagens, anunciados pelo La Niña.

O movimento dos preços nas últimas semanas vem sendo observado atentamente pelo setor. As apostas estão feitas, mas são as cotações internas e externas que vão mostrar se elas foram acertadas. Apesar de muitas regiões ainda terem um terço da área de soja para plantar, já não se fala em voltar atrás. A grande torcida é para que o La Niña seja mo­­derado e para que os picos de preço da temporada aida não tenham passado.

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