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Brasília – Se a cooperação internacional garante recursos e tecnologias para o desenvolvimento da agricultura nos trópicos, o aquecimento global representa uma ameaça iminente ao avanço dos sistemas produtivos, não só nessas regiões, como em todo o mundo. O Painel Intergovernamental sobre as Mudanças do Clima, organismo internacional que acompanha as variações climáticas, prevê um aumento médio na temperatura do planeta entre 1,4.ºC e 5,8.ºC, até 2100.

Para Andrew Jarvis, do Centro Internacional de Agricultura Tropical na Colômbia, as previsões ampliam as incertezas e exigem tomadas de decisões técnicas e políticas cada vez mais específicas e regionais. Na avaliação do técnico, é preciso adotar medidas no ambiente urbano para conter o aquecimento e desenvolver tecnologias específicas à cada região e clima do planeta, que sofrem impactos diferentes. "O grande desafio é reduzir os riscos", diz Jarvis.

John Briscoe, diretor do Banco Mundial (BIRD) no Brasil, que participou como debatedor do evento em Brasília, destaca que a variação climática é um indicativo de que a exploração agrícola deve considerar o meio ambiente. "O desafio é de pesquisa, mas também de infra-estrutura e de tecnologias que possam integrar os pequenos e grandes produtores, além do manejo das florestas." Em parceria com o Brasil, que detém o know-how tropical, Briscoe diz que o bancio vai priorizar ainda mais essas áreas. O BIRD financia projetos agrícolas nos países em desenvolvimento.

Estudos do CGIAR revelam que as mudanças climáticas já causam impacto em diversas partes do mundo, com efeitos positivos e negativos. "Nas áreas tropicias, o resultado é negativo e vai limitar e reduzir a produção em determinadas regiões", afirma Reifschneider, diretor do grupo.

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