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Brasília - O governo federal e os produtores de arroz estão negociando mecanismos que permitam direcionar o excesso da oferta de arroz para a produção de ração animal. A proposta foi discutida em reunião realizada ontem no Ministério da Agricultura, em Brasília. Para o secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, essa seria uma saída para enxugar o mercado de arroz e provocar uma recuperação dos preços pagos ao rizicultor. A alternativa ajudaria ainda a suprir a falta de milho, que é o principal ingrediente na alimentação de suínos e aves.

A saca de arroz está sendo negociada por preços entre R$ 19 e R$ 20 no Rio Grande do Sul e entre R$ 25 e R$ 30 no Paraná, enquanto que o preço mínimo é de R$ 25,80 por saca. O deputado federal Jerônimo Goergen (PP/RS), que participou da reunião, disse que a proposta discutida foi a de direcionar entre 1,5 milhão e 2 milhões de toneladas de arroz para a produção de ração para suínos e frangos.

As granjas paranaenses e gaúchas reclamam enfrentar dificuldades na compra de milho. "Com essa alternativa (o arroz), vamos resolver os problemas de duas cadeiras produtivas: a de produção de carnes e a do arroz", defendeu Goergen.

O governo deve pagar prêmio para quem comprar arroz dos produtores garantindo preço mínimo. O Ministério da Fazenda informa precisar entre uma e duas semanas para analisar a sugestão. A produção brasileira de arroz na safra 2010/11 é de 13,812 milhões de toneladas, 18,4% a mais que na temporada anterior.

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