Bahia investe para manter média

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Mais tecnologia. Essa e a estratégia da agricultura da Bahia, concentrada no Oeste do estado, para aumentar a produção de soja nesta temporada. Considerando esses dois fatores – clima e investimento – a produtividade média pode chegar a 3,1 mil kg/ha. O preço dos insumos, cerca de 10% abaixo dos praticados ano passado nos meses em que se concentram as compras – junho a setembro –, permitiram ao produtor ampliar o uso de adubo e apostar na melhor semente sem ampliação dos gastos.

O custo total por hectare de soja ficou em R$ 1,13 mil, conforme as avaliações locais. Os produtores poderiam ter reduzido despesas, mas, em muitos casos, até eleva­ram os investimentos, apurou a Expedição Safra Gazeta do Povo.

Elton Sartori, de Riachão das Neves, investe o equivalente a 40 sacas para colher pelo menos 50sc/hectare. Nos melhores anos, chega a 60 sc/ha. Para garantir uma aposta reforçada com o menor custo possível, participa de um pool de compras que reúne proprietários de 400 mil hectares em Luiz Eduardo Magalhães.

A avaliação mais aceita pelas tradings e representantes dos produtores é de 3 mil quilos/ha. O setor, num ano favorável, normalmente repete o índice da melhor temporada em suas projeções. Dessa forma, a referência seria o ano passado, quando se colheu media de 3.060 kg/ha. O produtor Franco Bosa, de Luiz Eduardo Magalhães, que atingiu 3,6 mil quilos de soja por hectare ano passado – 20% a mais que a média de sua região – , espera uma pro­­dução no mesmo volume do ano passado. "Mas ainda não podemos fazer uma previsão segura."

O milho, após um ano de preços baixos, não conseguiu sustentar a área no Oeste da Bahia. O cultivo deve cair para 150 mil hectares. A redução pode chegar a 20%. "Além da queda nos preços, o produtor teve dificuldade para colocar seu produto no mercado", observa o agrônomo Paulo César Dias do Nascimento, da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), que acompanha a Expedição Safra pelo Centro-Norte.

Nos próximos dias os técnicos e jornalistas seguem para o Piauí, Maranhão e Tocantins.