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Reunião segue até esta sexta-feira com 240 inscritos de 15 estados e 100 empresas, conforme os organizadores. | Foto: Josa© Rocher/gazeta Do Povo
Reunião segue até esta sexta-feira com 240 inscritos de 15 estados e 100 empresas, conforme os organizadores.| Foto: Foto: Josa© Rocher/gazeta Do Povo

Sem novas importações emergenciais de benzoato de emamectina, o Brasil deve entrar na próxima safra usando somente defensivos registrados no combate à lagarta Helicoverpa armígera -- principal inimigo da soja entre os insetos --, apontou nesta quinta-feira (30) a 2.ª Reunião Técnica Nacional sobre Pesquisa com Agrotóxicos. "Não há solicitação de importação emergencial neste momento (...) O que indicamos é o monitoramento e a aplicação controlada dos produtos, na menor dose necessária", disse o coordenador geral de Agrotóxicos e Afins do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Júlio Sérgio de Britto.

O encontro reúne, em Curitiba, 240 inscritos de 70 municípios e 15 estados, conforme os organizadores. Além de fiscais federais e estaduais, representantes de 100 empresas trocam informações e tiram dúvidas sobre pesquisas envolvendo agrotóxicos e fertilizantes bem como sobre esses dois mercados.

O Mapa avalia, neste momento, cerca de 700 produtos técnicos, que podem resultar em um número maior de agrotóxicos. Desses 700, perto de 40 têm o objetivo de combater a Helicoverpa armígera, conforme Britto.

Nas últimas duas safras, quando a lagarta se tornou a principal ameaça à agricultura no verão, uma série de produtos entrou no mercado, oferecendo cada vez mais eficiência, aponta o especialista.

O benzoato de emamectina só pode ser importado em caso de emergência e teve uso restrito a Mato Grosso e Bahia. Passou a representar desafio para a fiscalização ao entrar no Brasil via contrabando, atravessando a fronteira com o Paraguai.

De sementes transgênicas Bt (que matam lagartas, incluindo a maior parte da população da Helicoverpa armígera) a formulações químicas, passando por vírus e ferormônio, uma lista crescente dá diferentes opções de controle aos produtores. Mas o manejo integrado de pragas, com uso dessas substâncias, é apontado como estratégia de melhor resultado.

A própria lagarta exige que produtores mantenham-se atentos além da safra de soja. Polífogo, o inseto se alimenta também de milho, feijão, algodão e outras culturas.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária também aponta para o Manejo Integrado de Pragas (MIP) como "a melhor forma de lidar" com a nova ameaça. "A utilização de inseticidas, inclusive do benzoato de emamectina, de forma inadequada e como única estratégia de manejo pode agravar ainda mais o problema", alerta em nota a estatal.

Ao menos 24 produtos foram registrados emergencialmente pelo MAPA para o controle da Helicoverpa armígera. Segundo a Embrapa, há cinco moléculas eficientes a doses controladas em grupos químicos distintos (Diamidas, Pirazol, Oxadiazina e Diacilhidrazina), diversidade que favorece o controle da lagarta.

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