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As plantadeiras e tratores foram expulsos do campo na última semana e só devem voltar ao trabalho a partir de amanhã, constatou a Expedição Safra, em viagem pelas regiões Sudoeste, Oeste, Centro-Oeste, Noroeste e Norte do Paraná. O plantio tende a ser retomado mais rapidamente nos campos arenosos do Noroeste. Já nas regiões em que predominam terras mais argilosas, a umidade ainda é intensa e pode adiar a continuidade do cultivo da safra de verão para a próxima sexta-feira.

Em Londrina (Norte), as chuvas fortes chegaram a causar erosões em algumas áreas e isolou parte da zona urbana da cidade.

Na área de 1,8 milhão de hectares de abrangência da cooperativa Coamo, falta plantar 12% do milho e 69% da soja, conforme Nei Cesconetto, gerente da Assistência Técnica. Porém, os produtores estão com toda a estrutura preparada e podem avançar 30 pontos em uma se­­­mana, observa. Isso representa 480 mil hectares.

As lavouras já semeadas dependiam de mais umidade, principalmente no Noroeste, e agora estão em condições excelentes, relatam os produtores. O milho, mais adiantado, também se beneficiou do clima. "As chuvas foram abençoadas: calmas e bem distribuídas", afirma Val­­­demir Dolfini, que cultiva 120 hectares com o cereal e 720 hectares com a oleaginosa em Floresta e Alto do Paraná, região de Maringá. Ele tem 70% da área da soja para plantar.

Redefinição

Os produtores ainda têm cerca de um mês de prazo para plantar a safra de verão. No entanto, a falta de chuva do início de outubro atrasou o plantio de milho e deve fazer muitos agricultores mudarem de planos na última hora, avalia o gerente de Pro­­­dução Agrícola da Cocamar, Aparecido Carlos Fadoni. Parte do espaço do cereal tende a ser dedicada à soja no momento do plantio, observa. A expectativa da cooperativa era de que o cereal ocupasse ao menos 20 mil hectares e oleaginosa tivesse espaço dez vezes maior.

Num movimento inverso, a Coamo vem elevando a estimativa da área de milho, que passou de 187 mil para mais de 200 mil hectares no último mês. Consequentemente, o espaço da soja foi reduzido, de 1,62 para 1,6 milhão de hectares. A cooperativa abrange lavouras do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Os produtores estão se guiando pelo clima, pelos preços e pela necessidade de ampliar o cultivo do cereal para sustentar o sistema de rotação de culturas, observa o supervisor de Assistência Técnica da empresa, Luiz Carlos de Castro.

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