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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou para 95,8 milhões de toneladas a previsão para a produção nacional de soja em 2014/15. A nova previsão foi divulgada nesta quarta-feira (10) no terceiro levantamento da safra de grãos e representa salto de 5,8% ante a estimativa divulgada em novembro.

Com a reavaliação da previsão o resultado do ciclo 2014/15 para a oleaginosa será quase 10 milhões de toneladas superior à da temporada passada, com produtores elevando a área plantada para históricos 31,7 milhões de hectares (5% mais do que em 2013/14). Orientados por melhores preços, os produtores optaram pela soja em lugar do milho no cultivo de verão, favorecendo a expansão.

Agora o resultado depende de clima favorável para se consolidar. "Nas regiões Centro-Oeste e Sul, principais produtoras da oleaginosa no país, as condições climáticas apresentam-se favoráveis às lavouras, com as previsões meteorológicas indicando a possibilidade de uma estabilidade futura nos volumes de chuvas, essencial para o bom desenvolvimento das plantas...", dizem os técnicos da Conab.

Recorde geral

A elevação nos números da soja também colabora para um desempenho recorde na produção total de grãos no Brasil, que deve romper pela primeira vez a barreira de 200 milhões de toneladas. A Conab projeta uma colheita de 201,5 milhões de toneladas, aumento de 4,2% na comparação com a temporada passada. "A soja é a cultura que vem superando destaques nos levantamentos, com crescimento na produção mesmo em face do quadro internacional de superoferta de grãos", afirmam os técnicos.

Corte nos cereais

Mesmo com a revisão para cima na maioria dos números, há culturas que perdem espaço. No caso do milho projeta-se queda de 1 milhão de toneladas em relação a última safra, com um volume total esperado de 78,7 milhões de toneladas.

A retração também afeta o feijão, que no somatório das três safras deve render 3,25 milhões de toneladas (5,3% menos do que em 2013/14) "A comercialização instável e os riscos climáticos aliados à cultura, somados à atratividade de outros produtos concorrentes, como soja e milho, derrubam uma maior intenção dos produtores em todo País, nesta temporada", informa a Conab.

Outra corte ocorreu no trigo. A Conab projeta agora uma safra de 5,95 milhões de toneladas, índice 15% inferior ao divulgado em novembro e que afasta a possibilidade de o país colher um recorde do cereal neste ano. O dado reflete as condições climáticas desfavoráveis no Rio Grande do Sul, que teve parcela significativa das lavouras comprometida. "Durante o desenvolvimento da cultura vários fatores adversos influenciaram para que o resultado final fosse frustrante para a maioria dos produtores --geadas, chuvas torrenciais, enxurradas, falta de luminosidade, calor excessivo, ataque de doenças em geral, granizo, acamamento...", revelam os especialistas da estatal.

 

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