Conab reduz previsão para soja, mas indica safra maior

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta terça-feira (10) o nono levantamento de safra para o ciclo 2013/14, válido para o mês de junho. A nova estimativa indicou que o Brasil terá uma safra de grãos maior do que a prevista em maio, podendo chegar a 193,5 milhões de toneladas. O acréscimo foi puxado pelas condições favoráveis às lavouras de milho (primeira e segunda safra), feijão (terceira safra) e trigo. Por outro lado, a entidade cortou em 500 mil toneladas a previsão para a soja. Com isso, a produção da oleaginosa deve somar 86 milhões de toneladas.

Os técnicos da Conab indicaram que o corte na soja ocorreu devido a problemas climáticos pontuais em lavouras de Goiás, São Paulo e da região produtora do MaToPiBa (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). No caso do Paraná, os especialistas destacaram que as médias de produtividade também foram influenciadas pelo cultivo de soja segunda safra, que ocupou 108 mil hectares. “A produtividade, lastreada na colheita que já se iniciou, está apontando para uma avaliação parcial de 1,7 mil quilos por hectare.”, diz trecho do relatório. Em Mato Grosso, o rendimento médio da safrinha tem oscilado entre 600 e 720 quilos por hectare.

No caso do milho, o ajuste mais expressivo ocorreu na segunda safra. Houve revisão de 4,4% em relação a maio, totalizando 45,6 milhões de toneladas. Com isso, a safra total do cereal subiu 3,6% para 77,8 milhões de toneladas.

A estatal também elevou novamente a estimativa para o trigo. A previsão é de que o Brasil produza 7,3 milhões de toneladas, 7% mais do que o previsto em maio. O Paraná deve liderar a produção doméstica, com 3,8 milhões de toneladas, seguido pelo Rio Grande do Sul.

Presente durante o evento de divulgação do levantamento, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, destacou que há potencial para chegar a uma produção total de 195 mil toneladas. "Por todo o lugar se percebe um ânimo nos produtores, superando a expectativa em termos de produtividade. Eu estou confiante que se consolide os 193,6 milhões de toneladas, com a possibilidade de 195 milhões de toneladas", indica.