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O Conagro, consórcio criado pelas cooperativas do Paraná para a compra de fertilizantes a preços mais baratos, está em vias de entrar em uma nova fase de atuação. Após três anos de existência – a fundação foi em setembro de 2008, mas o início das atividades em 2009 –, o órgão espera deixar o estágio de mediação para ingressar na fase de operação. Para isso, a diretoria do Conagro aguarda o aval das 17 associadas em relação ao investimento de R$ 22 milhões em uma estrutura própria.

O dinheiro de ser utilizado para a construção de um armazém em Paranaguá com ca­­pacidade para 150 mil toneladas de insumos. Outra aquisição prevista é de uma máquina de R$ 2 milhões para mistura das matérias-primas. A expectativa é que as cooperativas aprovem o investimento ainda no primeiro semestre deste ano, o que permitiria que a estrutura ficasse pronta para safra de verão 2013/2014. Hoje, sem espaço para armazenagem, a atuação do consórcio estaria limitada. "Nós poderemos comprar os insumos em época de preço baixo caso tenhamos onde armazenar", argumenta o diretor executivo do Conagro, Daniel Fontes Dias.

Apesar da falta de um armazém, o consórcio tem registrado aumento no volume de negócios. No primeiro ano de funcionamento, em função da estruturação, o órgão movimentou uma quantidade simbólica de mil toneladas de fertilizantes. Em 2010, foram 80 mil e, no ano seguinte, 110 mil toneladas. Ou seja, aproximadamente 10% do total de 1,2 milhão de toneladas de fertilizantes consumido pelas 17 cooperativas associadas foram importados por meio do Conagro.

"O Conagro nunca teve a pretensão de assumir 100% do mercado. Mas, podemos chegar a 50% dos fertilizantes comercializados no estado", aponta Dias. Neste ano, apesar da estiagem de verão que gerou perdas consideráveis no campo e interferiu nas previsões de compra de fertilizantes, 50 mil toneladas já foram negociadas.

Os três primeiros anos foram utilizados pela diretoria do Conagro para compor uma base forte de relacionamento. Diante das demandas dos associados, o consórcio, quando não concretizou negócios com preços reduzidos, teria conseguido balizar os preços praticados pelo mercado.

"Não é uma operação fácil. É muita gente envolvida, cada um com o seu interesse. Mas, conseguimos cumprir o papel de balizar o mercado, já que as empresas sabem que só vão vender se for por um preço menor", diz o diretor executivo do órgão.

Para Marcos Antônio Trin­­ti­­nalha, vice-presidente da cooperativa associada Cocari, em Mandaguari, no Noroeste do estado, o Conagro tem cum­­prido seu papel. Além de fertilizantes, o consórcio busca viabilizar produtos como pneus, máquinas e lâmpadas. "O futuro do Conagro é buscar outros produtos que as cooperativas tenham necessidade e aumentar o número de negócios", afirma.

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