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Lançamento de sementes de milho, trigo e soja vai usar estrutura da Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola. | Foto: Andra© Rodrigues/gazeta Do Povo
Lançamento de sementes de milho, trigo e soja vai usar estrutura da Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola.| Foto: Foto: Andra© Rodrigues/gazeta Do Povo

Indianapolis, Indiana (Estados Unidos) – A compra da Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola (Coodetec), sediada em Cascavel (Oeste), é um passo estratégico da norte-americana Dow AgroSciences na cadeia de sementes, ao mesmo tempo em que se torna base para o desenvolvimento de novos produtos no Brasil. A multinacional recebe nesta semana jornalistas da América do Sul para apresentar resultados e sinalizar tendências, e a incorporação da empresa paranaense – confirmada no início de julho – se tornou um assunto inevitável.

Em conversa exclusiva com o Agronegócio Gazeta do Povo(AgroGP), o presidente e CEO da Dow AgroSciences, Tim Hassinger, tratou o assunto com discrição, já que a transação corre em sigilo devido ao processo de aprovação por parte do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). “Só posso dizer que estamos muito empolgados com o potencial da Coodetec. A compra da empresa vai fortalecer nossa atuação nas cadeias de milho, soja e trigo”, declarou.

Por ter nascido no meio cooperativista, o setor considera o trabalho da Coodetec muito próximo do interesse dos agricultores, com uma atuação situada na “linha de frente”. Hassinger descarta a possibilidade de que isso mude com a venda para a Dow.

“Nós [Dow] já compramos 15 empresas na América e Europa. Temos um ótimo histórico de conseguir integrar essas empresas e garantir que a marca e o posicionamento junto aos produtores continue intacto”, salienta.

Para o líder global da área de Pesquisa e Desenvolvimento da Dow, Daniel Kittle, a incorporação será positiva para os dois lados. “É uma grande oportunidade pois estamos nos unindo com alguém que entende as pessoas e o mercado, e com certeza podemos aprender com isso. Estamos reunindo o melhor de dois mundos”, exalta.

A aquisição também assume papel relevante para a implementação do projeto Enlist, considerado a “menina dos olhos” da Dow para os próximos anos. O projeto está em desenvolvimento há mais de dez anos, e pretende introduzir uma nova proposta de controle de ervas daninhas resistentes ao herbicida glifosato.

A empresa pretende lançar comercialmente novos defensivos químicos, além de sementes para soja, milho e algodão. A expectativa é de que o novo pacote esteja aprovado no Brasil em 2016. “Qualquer marca de semente da Dow,  milho e soja, vai estar envolvida no lançamento do Enlist”, destaca Hassinger.

O jornalista viajou a convite da Dow Agrosciences.

Confira mais informações sobre a empresa e as tendências da safra norte-americana na próxima terça-feira (19), no Agronegócio Gazeta do Povo.

 

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