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O Brasil está importando cada vez mais leite de países vizinhos e colocando em risco a cadeia produtiva doméstica, segundo as cooperativas dos três estados do Sul. Elas encaminharam manifesto sobre o problema a Brasília cobrando respeito às cotas de importação – 3,3 mil toneladas por importador –, a elevação da Tarifa Externa Comum (TEC) – de 28% a 35% para países que não pertencem ao Mercosul – e uma estratégia de combate à triangulação. O setor alega que leite de outros continentes está entrando no Brasil sem pagar TEC, como se tivesse sido produzido na Argentina ou no Uruguai. O governo federal ainda não se posicionou diante das reivindicações e denúncias.

"O preço pago hoje ao produtor – entre R$ 0,70 e R$ 0,80 o litro – está cobrindo os custos porque estamos na entressafra. Mas, a partir de julho ou agosto, a oferta será maior. Corremos o risco de enfrentar queda repentina nas cotações", argumenta Alexandre Monteiro, assessor técnico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar).

A importação cresce porque o real valorizado faz com que o produto brasileiro fique 15% mais caro que o dos países vizinhos. O déficit de 43 mil toneladas na balança comercial do leite do Brasil diante do Mercosul, registrado em 2010, deve se agravar neste ano. De janeiro a março, chegou a 22 mil toneladas.

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