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Incêndio foi controlado de madrugada, mas não impediu danos materiais. | Foto: Paulo Whitaker/reuters
Incêndio foi controlado de madrugada, mas não impediu danos materiais.| Foto: Foto: Paulo Whitaker/reuters

Cerca de 15 mil toneladas de açúcar estavam estocadas no armazém que pegou fogo no domingo (3) no Porto de Santos (SP), disse nesta segunda-feira a Cosan, controladora da Rumo Logística, que opera os terminais portuários.

Foi o segundo incêndio enfrentado pela empresa em dez meses. Em outubro do ano passado, parte dos embarques da Copersucar – que atua em Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Paraná -- teve de ser remanejada para outros terminais de Santos e para o Porto de Paranaguá. O escoamento pelo porto paranaense pode se repetir. Porém, até o momento, a Cosan não formalizou nenhum pedido à Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa).

A Cosan disse que o fogo ocorreu no armazém X, do Terminal 19. O armazém tinha capacidade para 18 mil toneladas. A capacidade total de estocagem da Rumo em Santos é de 500 mil toneladas, informou a companhia.

O fogo começou domingo à tarde e foi controlado nesta segunda (4). Uma dúzia de caminhões do corpo de bombeiros foi deslocada para o local, disse o sargento Rodrigues dos Santos à Reuters. As equipes seguem trabalhando no rescaldo para impedir que novos focos de incêndio surjam no local. Não há previsão para o término do serviço, que deve prosseguir pelo dia inteiro.

No momento do incêndio, cerca de 100 funcionários trabalhavam no local. “Todos os esforços da empresa foram para garantir a segurança dos funcionários e terceiros no local", disse a Cosan, em nota.

A Guarda Portuária acredita que o forte calor de domingo pode ter contribuído para o superaquecimento das esteiras. A base aérea de Santos chegou a registrar 34 graus no início da tarde de domingo. Os portuários que trabalhavam ao longo do cais observaram as primeiras chamadas por volta das 15h30 no armazém externo 5, que logo foram conduzidas pelas esteiras para o armazém 10. Um navio que estava atracado teve que ser retirado às pressas.

Em outubro do ano passado, um incêndio causou grandes estragos no terminal de exportação da Copersucar, maior comercializadora de açúcar do mundo, elevando rapidamente os preços dos contratos futuros da commodity em 6 por cento e fazendo a empresa emitir um comunicado de força maior a seus clientes.

O terminal da Copersucar, que ainda recebe reparos pelo incêndio de outubro, fica próximo aos armazéns da Rumo.

Na manhã desta segunda-feira, o vencimento outubro do açúcar na bolsa de Nova York chegou a registrar alta de 5,6 por cento. Por volta das 9h (horário de Brasília), a alta era de quase 1%, a 16,49 centavos por libra-peso.

A perda do açúcar nos armazéns da Rumo, que tem capacidade para 550 mil toneladas, deve causar menos preocupações do que o potencial dano à capacidade de exportação do terminal de 12 milhões de toneladas de açúcar ao ano.

O incêndio deve causar no curto prazo uma interrupção no carregamento de navios no terminal da Rumo.

O Brasil, maior produtor e exportador mundial de açúcar, está no meio da safra de cana do Centro-Sul, que deve produzir entre 32 milhões e 34 milhões de toneladas de açúcar, levemente abaixo das estimativas iniciais, devido ao impacto da seca atual.

 

 

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