Em um mercado crescente como o dos orgânicos, parece fácil ganhar cliente. Porém, só a demanda não basta, conta Hário Tieppo, proprietário da Verde Brasil – agroindústria de Piraí do Sul, nos Campos Gerais, que está entre as 22 primeiras empresas com o selo Alimentos do Paraná. “Aprendemos muito nos últimos cinco meses: a melhorar processos, na gestão da organização”, assume.
Seu negócio começou em 1998 com produção de hortaliças e frutas orgânicas em duas chácaras. Na época, a preocupação era certificar o não uso de agrotóxico. O selo de orgânicos do Tecpar preencheu essa necessidade e a empresa passou a atuar como agroindústria. Agora, a Verde Brasil expande mercado focada na produção de polpas e geleias. O selo Alimentos do Paraná vai funcionar como atestado de qualidade no campo, no processamento e na gestão, afirma o empresário. “Esperamos transmitir confiabilidade e segurança.”
A meta é expandir a distribuição no Paraná e em Santa Catarina. Os produtos da empresa chegam hoje a oito redes de supermercados. O volume de matéria-prima processado passou de 40 para 80 toneladas entre 2012 e 2014 e deve chegar a 120 toneladas neste ano, afirma Tieppo. De micro, a empresa de 22 funcionários passou a pequena e está no meio do caminho para chegar ao grupo das médias.
Outra agroindústria com trajetória ascendente é a Cristal Massas, de São José dos Pinhais, cuja produção passou de 20 para 40 toneladas por mês em três anos. Os empresários Alberto e Lúcia Sewo levaram adiante um negócio de família e hoje, com oito funcionários, atendem Paraná e Santa Catarina.
“Meu pai começou com uma pastelaria em 1984 e nosso diferencial, desde aquela época, são massas com características caseiras”, conta Alberto, que precisa manter um pé na empresa e outro no mercado do trigo. Ele compra a matéria-prima de Sertanópolis (Norte do PR) e precisa identificar o menor custo.
Sobre o selo Alimentos do Paraná, o casal relata que, além dos ajustes e reformulações de processos, o estabelecimento de metas dá uma direção ao negócio e traz motivação. Na avaliação de Alterto, as orientações dos técnicos externos ganham respaldo entre os funcionários que uma determinação interna não teria. “Santo de casa não faz milagre”, afirma o pequeno empresário.
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