• Carregando...

Mais recursos para custeio e comercialização, preços mínimos reajustados, crédito extra e subsidiado para as cooperativas, além de um volume maior de dinheiro para subvenção ao prêmio do seguro rural. O pacote é muito maior, mas essas são algumas das principais medidas anunciadas pelo governo federal no Plano Agrícola e Pecuário 2009/2010 (PAP), em evento de lançamento que ocorreu ontem, em Londrina. Para a agricultura empresarial e familiar estão sendo disponibilizados R$ 107,5 bilhões para a próxima temporada, valor 37% maior que no ciclo anterior, em ações coordenadas pelos ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário.

O setor pedia mais, é claro, O setor também precisa de mais, é verdade. Mas convenhamos que, diante da realidade econômica do país e do mundo, está de muito bom tamanho. Os próprios dirigentes, apesar de não admitirem publicamente, por questões óbvias, de interesse dos seus representados, reconhecem que o auxílio do governo pode até não atender às expectativas, mas resolve, dada a conjuntura econômica que não permite uma ajuda ainda maior. Até porque, não dá para reclamar. Nos últimos cinco anos o dinheiro aplicado pela União por safra saltou de menos de R$ 50 para mais de 100 bilhões.

Então, está dada a largada. Ao anunciar as medidas de apoio, o governo deu início ao processo e, a princípio, fez a sua parte. Vamos ver, agora, como será a operacionalização desses recursos, onde estão os grandes entraves e também à maior crítica à política agrícola no Brasil: fazer esse dinheiro chegar ao produtor. Um desafio que também compete ao poder público, mas principalmente ao sistema financeiro, muitas vezes mais burocrático do que prático, eficiente e facilitador como deveria ser.

Mas, enfim, as cartas estão dadas. Agora, que cada um faça a sua parte. Inclusive o produtor, na administração dos recursos, na gestão do negócio e no correto manejo da lavoura, porque, se não for assim, não haverá dinheiro que chegue, nem hoje nem nunca, para financiar qualquer que seja a safra, no Brasil ou em qualquer lugar do mundo.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]