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Base do pão, da massa e de inúmeros outros outros alimentos, o trigo perde espaço no campo. A redução de área no Paraná, maior produtor nacional, amplia o déficit entre oferta e demanda. Hoje, a produção brasileira é suficiente para atender só metade do consumo. Na última safra, o Brasil produziu 5,3 milhões de toneladas e trouxe outras 5,7 milhões de toneladas do exterior, principalmente da Argentina. O setor produtivo começa a discutir uma forma de tornar a cultura viável e substituir uma parcela maior das importações por trigo nacional.

Os gargalos da cadeia, da produção à comercialização, devem ser levantados e debatidos no 1.º Fórum Paranaense do Trigo, que ocorre dia 5 durante a 52.ª ExpoLondrina. Devem participar representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do setor produtivo. "Vamos tentar sensibilizar o governo brasileiro em relação à importância da produção nacional do trigo", afirma Flávio Turra, gerente técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar).

Não vem sendo suficiente baixar custos e elevar a qualidade da produção, na competição com a agricultura argentina. "O Brasil tem área disponível para plantio e não pode ficar tão dependente da importação de trigo. O governo brasileiro precisa dar suporte com políticas de apoio à produção e à comercialização. Só assim o abastecimento ficará fora de risco", analisa Turra.

O cenário de preços é considerado positivo a médio prazo. A quebra na safra de milho e soja na América do Sul, somada ao fato de o trigo substituir o milho na ração animal, promete segurar o preço do cereal de inverno. "A alta nos preços se refletiu nas cotações do trigo, que, mesmo com uma produção recorde, não deve ter baixas na Bolsa de Chicago", explica o analista da Safras e Mercado, Michael Prudêncio. Neste ano, o Paraná tende a reduzir novamente a área do cereal.

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