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Jaboti – Quem acreditou nos projetos de diversificação das pequenas propriedades rurais e soube investir na cultura do morango começa a sentir o doce gosto do lucro nesta safra. A colheita da fruta entra este mês no seu pico, e já dá pra perceber que os pequenos produtores rurais que investiram na cultura vão ter muito o que comemorar este ano.

O frio chegou mais cedo este ano, indicando uma boa safra, com maior produtividade e melhor qualidade da fruta. No ano passado, grande parte dos produtores teve prejuízo, em conseqüência do clima desfavorável – chuva de verão prolongada e granizo na época da colheita. O agrônomo da Emater Jean Pierre Correa Costa explica que o morango precisa de frio, com dias mais curtos para florescer e dar mais frutos. "Os produtores estão otimistas", diz.

Além disso, explica o agrônomo, o frio chegou mais cedo, o que influenciou na florada do morango. "A planta floresce mais vezes durante a safra. Assim, temos oferta por um tempo prolongado."

A cultura do morango começou a se desenvolver a partir de 1992, quando o Paraná registrou uma produção de 1, 2 mil toneladas. O último levantamento do Departamento de Economia Rural da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná, feito em 2004, aponta que a safra daquele ano atingiu 11 mil toneladas do produto, a maior parte produzida nas regiões de Curitiba e no Norte Pioneiro. Juntas, as duas regiões são responsáveis por cerca de 70% de tudo que é produzido no estado. Os preços do produto são atraentes e o mercado absorve tudo que é produzido. Um bom exemplo são os produtores de morango de Jaboti e Pinhalão, municípios que têm clima e solo favoráveis para o desenvolvimento da cultura, que não depende de grandes áreas para ser trabalhada.

É o que explica o engenheiro agrônomo do Deral Paulo Andrade. Ele revela que a cultura do morango é inviável em grandes áreas. "É uma cultura que exige cuidados especiais e atenção redobrada contra pragas. Por isso, a cultura tem melhor resultado em área pequenas, em média com 3 mil metros quadrados", detalha.

Andrade não arrisca uma projeção para a produção deste ano, mas se forem levados em consideração os número de 2004, é bem provável que a safra deste ano supere com facilidade as 11 mil toneladas registradas há dois anos. Atualmente, pouco mais de 500 hectares são ocupados com a cultura em todo o estado.

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