Eficácia exige obediência às técnicas do sistema

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Existe uma forma correta de se fazer o plantio direto?

Existe um procedimento e uma sequência. Hoje há orientações que diminuem a margem de erro, não é mais um tiro no escuro. Primeiro é preciso fazer o diagnóstico, constatar qual é o tipo de solo, se é preciso fazer correção de acidez. Também é necessário fazer o diagnóstico físico para saber se o solo está ou não compactado e ver quais as culturas que o agricultor trabalha. Se ele, por exemplo, for plantar soja agora em outubro ou novembro, nós vamos dizer para começar no próximo ano. Isso porque em abril e maio ele já devia ter plantado uma cultura só para cobrir o solo – aveia ou sorgo para quando chegar no fim da primavera e início do verão estabelecer o primeiro plantio direto sob uma camada de palha. Não existe plantio direto sem palha.

Há um volume ideal de palha?

Uma palha de trigo, de aveia, de cevada, de centeio, de triticale, deve ter pelo menos 4 toneladas por hectare de matéria seca. O ideal é que tenha entre cinco e seis toneladas, para que o solo coberto com a instalação da nova cultura tenha defesa e não haja escorrimento de solo e erosão provocada pela chuva.

Qual é o procedimento em relação ao corte da palha?

Você pode cortar quando você co­­lhe, a colhedeira corta e moe a pa­­lha. Quando é uma cultura só de cobertura, você pode matar quimicamente aquela vegetação ou usar o rolo-faca, equipamento que tomba a palha e a deixa estendida. Mas na maioria das vezes não se corta a palha, só se amassa, e a plan­­­ta que servirá de palha morre sem aplicação de produto químico.

Os períodos de seca são prejudiciais ao plantio direto?

Sim, mas bem menos do que para o cultivo convencional, porque se retém umidade sob a palhada. Sem cobertura de solo, a evaporação e a temperatura alta estressam as plantas, como na última safra de verão. (DP)