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USDA ampliou projeção de colheita nos EUA para 127,73 milhões de toneladas (número que, se concretizado, garantiria a maior produção da história). | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
USDA ampliou projeção de colheita nos EUA para 127,73 milhões de toneladas (número que, se concretizado, garantiria a maior produção da história).| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

As projeções para a colheita norte-americana de soja não param de subir na safra 2018/19. Após um começo tímido, assumindo, inclusive, a possibilidade de serem ultrapassados pelo Brasil em produção, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o USDA, aumentou mais uma vez a previsão para a produção da oleaginosa no país. As informações são do relatório de oferta e demanda internacional divulgado nesta quarta-feira (12).

Desta vez, o incremento foi de cerca de 3 milhões de toneladas, atingindo 127,73 milhões de toneladas (número que, se concretizado, garantiria a maior produção da história). Em agosto, o USDA já havia surpreendido o mercado, quando a estimativa de colheita passou de 117,3 milhões de toneladas para 124,81 milhões de toneladas.

Como as exportações para o ano que aparecem estacionadas em 56 milhões de toneladas, o departamento ampliou a previsão dos estoques finais em 1,5 milhão de toneladas (número que foi amenizado por um ligeiro aumento do esmagamento e consumo internos).

Para o Brasil, o USDA não trouxe mudanças no ciclo 2018/19 (cujo plantio começou neste mês), mas elevou a previsão de embarques para o ano de 2018. Os norte-americanos avaliam que o país deve exportar 76,7 milhões de toneladas de soja, contra 75,5 milhões de toneladas no relatório anterior.

Milho

No relatório de setembro, o USDA baixou 1 milhão de toneladas as projeções para o milho brasileiro na safra 2017/18, tanto em produção quanto em exportação, no comparativo com o documento de agosto. Os números devem ficar em 82 milhões de toneladas (diante, sobretudo, das perdas climáticas na safrinha) e 22 milhões de toneladas, respectivamente. Para o ciclo 2018/19 não houve alterações.

A produção de milho nos Estados Unidos, por outro lado, foi revisada para cima novamente, de 370,51 para 376,62 milhões de toneladas. Em agosto, o departamento já havia reajustado em 9 milhões de toneladas a projeção para a colheita norte-americana. Mesmo com o aumento gradativo das exportações, os EUA terminariam a safra atual com um estoque 2,5 milhões de toneladas acima do previsto no mês passado.

Palavra do especialista: Tarso Veloso, da AgResource Brasil em Chicago (EUA)

O Relatório USDA de Setembro foi baixista para a soja e extremamente baixista para o milho. A expectativa de um relatório neutro ou altista somente seria concretizada com uma redução da safra americana ou aumento das exportações. Nenhum dos dois ocorreu.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevou as produtividades de soja e milho, o que indica uma safra ainda maior a ser colhida em breve. Por conta deste ajuste para cima no total a ser colhido, o USDA também teve que elevar estoques mundiais de milho e soja, assim como os estoques americanos, o que é baixista para os preços em Chicago.

O próximo passo do mercado será definir a quantidade de soja a ser importada pela China e também o clima para o desenvolvimento da safra de Brasil e Argentina.

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