• Carregando...

Chicago, Illinois - A gripe mexicana continua assustando a população americana, mas o mercado já digeriu a notícia e agora procura redirecionar os negócios. Prova disso foi o desempenho do mercado futuro de carne de porco na Bolsa Mercantil de Chicago (CME, na sigla em inglês) nesta quarta-feira. O fechamento positivo de ontem contrasta com as quedas expressivas verificadas no início da semana, quando as cotações chegaram a cair US$ 6 em apenas um dia.

Logo após os o anúncio dos primeiros casos da doença no México, investidores temiam que a gripe suína provocasse estragos semelhantes aos da doença da vaca louca, que abalou os mercados de carne bovina no mundo. Ontem, contudo, os mercados de carne suína e bovina já haviam absorvido a notícia do surto. "Acredito que as cotações da carne suína continuarão voláteis nos próximos dias, oscilando conforme a evolução da doença. Mas o mercado já está mais calmo", diz um trader que opera na CME.

Embargos

Embora alguns países, como a China, tenham embargado à carne de porco dos Estados Unidos, o governo americano e a indútria de suínos afirmam que a proibição é desnecessária. A Coréia do Sul impede a entrada de animais vivos em seu território, mas mantém suas fronteiras abertas para a carne de porco. "É um alívio, considerando que a Coréia do Sul é um importante importador", diz Thomas Elwood, analista do Linn Group.

Como não há registro da gripe em suínos e a contaminação não acontece através do consumo de carne de porco, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) pleitea a mudança do nome da doença. "É difícil prever quanto tempo demoraria para que o novo nome fosse aceito pela mídia, pois a denominação gripe suína já se tornou comum", pondera Elwood.

Educando o consumidor

Em um nota divulgada nesta semana, o Conselho Nacional dos Produtores de Suínos (NPPC, em inglês) prestou esclarecimentos à população. "O consumo de carne de porco é seguro e o contato com animais vivos não transmite a doença. Não há registro de contaminação de suínos nos EUA", diz a nota. "A NPPC garante aos consumidores americanos e mundiais que não há perigo em consumir carne de porco e pede aos produtores que intensifiquem o conrole sanitário."

O USDA e o Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) reiteram que a carne suína não transmite a gripe suína. "O consumo da carne de porco cozida é seguro", afirmou o secretário da Agriculrura americano, Tom Vilsack, na manhã de ontem. "Quero reassegurar ao público de que não há evidência neste momento mostrando que suínos tenham sido infectados com o vírus da doença nos EUA", afirmou.

Leia também no www.agriculture.com

Tradução: Luana Gomes

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]