A produtividade média do gado leiteiro holandês, na região dos Campos Gerais, pode subir de 10 para 12 mil litros anuais por vaca em menos de dez anos. É o que projeta a organização da Expofrísia 2013, que segue até este sábado (1.º) no Parque de Exposições Batavo, em Carambeí. Um grupo de 17 expositores (com 166 animais) está participando do evento, que busca aumentar o potencial de produção das próximas gerações de bovinos.
A produtividade da região se aproxima de 30 litros diários por vaca. Segundo estudo da Embrapa Gado de Leite, as bacias especializadas obtém cerca de 17 litros diários, quatro vezes mais que as marcas de rebanhos usados para subsistência na agropecuária familiar.
O gerente de Pecuária da Cooperativa Batavo, Eldo Lauro Berger, afirma que a principal estratégia paranaense para ampliar a rentabilidade é a seleção genética. “A exposição serve antes de tudo para direcionar o acasalamento de vacas mais produtivas”, explica Berger. “Neste ano, a adesão de pecuaristas no evento não foi tão grande quanto esperávamos, mas a qualidade cresce a cada edição”, garante.
Rafael Hoogerheide é pecuarista natural de Carambeí e expõe seus animais na feira há dez anos. Proprietário de cerca de 400 cabeças, ele levou oito vacas ao evento. A produtividade de seu gado gira em torno de 13 mil litros por vaca a cada lactação, já acima da média paranaense, mas ele pretende chegar a 14 mil nos próximos cinco anos.
“É possível ter resultados melhores”, avalia Rafael. “E não apenas com seleção genética. Também existe espaço para melhora no conforto e na dieta dos animais”, defende.
Até ano passado, o evento se chamava ExpoCarambeí. A mudança para Expofrísia é uma referência à marca Frísia, criada pela Batavo em 2011. O nome Frísia é uma alusão à região da Holanda de onde vieram os imigrantes que trouxeram, no final da década de 1940, as primeiras cabeças de gado ao Paraná. Hoje a raça holandesa predomina nas bacias leiteiras mais produtivas do país.
Deixe sua opinião