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A evolução das máquinas agrícolas já começou. Na maior feira de tecnologia do setor, a Agrishow, que segue até amanhã em Ribeirão Preto (SP), as indústrias de tratores e colheitadeiras apostam não só em produtos de alto valor agregado para a safra 2012/13, mas também mostram projetos para os próximos 50 anos.

Tratores gigantes são expostos nos estades dos principais fabricantes e viram alvos das máquinas fotográficas. Com uma linha que custa de R$ 60 mil a mais de R$ 700 mil, a New Holland, marca do grupo Fiat, expõe o T9, maior tracionado da América Latina. O trator promete substituir o trabalho de quatro modelos de menor porte.

A Valtra, marca do grupo AGCO, um dos maiores do mundo, trouxe à Agrishow o Ants (formiga, em inglês), um conceito de trator do futuro. Monitores de LCD, que hoje aparecem nas cabines mais modernas, não deverão existir. Os controles eletrônicos são todos projetados na própria cabine de vidro, que fica à frente das rodas dianteiras.

Além disso, para embarcar no trator do futuro, o operador não deverá ter nenhum trabalho. A cápsula de vidro é que se deslocará até o chão. O Ants lança a ideia de que uma máquina mestra, ou "rainha dos insetos", pode controlar ou se acoplar a outros equipamentos.

A tecnologia pode ajudar a evitar a saída de jovens do campo. "Para um pai segurar o filho na lavoura precisa dar condições, oferecer menor carga de trabalho. Isso é possível com a tecnologia", avalia Luiz Fernando Coelho de Souza, coordenador do maior concurso de inovação agrícola da América do Sul, o Gerdau Melhores da Terra.

"Com uma máquina dessa, eu animo a molecada lá em casa", disse o agricultor José Carlos Pizol, ao lado de uma colheitadeira lançada na feira e que custa mais de R$ 500 mil. Otimista com os preços da soja, em média, a R$ 60 por saca no município de Tietê (SP), ele diz que a falta de mão-de-obra está relacionada á falta de cursos preparatórios.

O jornalista viajou a convite da Mecânica de Comunicação.

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