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A Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina se consolidou como uma das maiores e mais completas do país. O evento atrai perto de 500 mil visitantes e movimenta mais de R$ 300 milhões em pequenos e grandes negócios. Durante os 11 dias em que se realiza o evento, Londrina se transforma na capital brasileira do agronegócio. No parque, pessoas, animais e máquinas se misturam na efervescência dos negócios, na agitação da comercialização e no emaranhado de shows, leilões e rodeios.

A Sociedade Rural do Paraná (SRP) é quem promove a ExpoLondrina, mas seu papel vai além. Nos últimos 60 anos, ela foi peça-chave na tarefa de valorizar e incrementar as atividades agropecuárias no Paraná. Essa história está contada no Museu da SRP, que resgata a memória da entidade por meio de um amplo acervo composto por documentos, imagens, objetos e arquivos audiovisuais. "Como a história da Rural está totalmente ligada à agropecuária, o museu retrata a história da agricultura e da pecuária, além da exposição, que é o nosso grande evento", explica Amanda Higashi, responsável pela instituição.

Fundada em 1946, como Associação Rural de Londrina (ARL), a SRP nasceu nos anos áureos do café, quando o Paraná produzia até 20 milhões de sacas. A primeira exposição foi realizada em 1955, no Jóquei Clube de Londrina. O Parque de Exposições Ney Braga só seria inaugurado em 1964, quando a feira passou a ter caráter estadual. Em 1967, ela ganharia âmbito nacional e, em 1993, internacional.

Com a criação do parque, a programação passou a incluir shows musicais e a investir também no entretenimento, experimentando um crescimento extraordinário. "Os shows eram feitos na pista de julgamento dos animais, onde se improvisava um pequeno palco. Ali, se apresentaram artistas como Roberto Carlos, Sidney Magal e Chacrinha", conta Amanda.

Na década de 70, com a queda do café, veio a diversificação agrícola. O cultivo de soja, algodão, milho e outros cereais passou a receber atenção especial nas exposições anuais, que orientam os agricultores na busca por novas fontes de recursos.

Mas, o ponto alto dessa história viria com o aumento da criação bovina na região. Ações pelo desenvolvimento da pecuária, desde a troca de reprodutores da raça nelore, feita com o governo estadual, até a difusão da inseminação artificial, teriam surgido na SRP e se espalhado por todo o Brasil.

A criação do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), órgão de pesquisa vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento, também contou com a participação da SRP. Na exposição de 1970, no discurso de abertura do evento, o Ministério da Indústria e Comércio anunciou a criação do órgão de pesquisa em Londrina.

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