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Volume colhido pelo Rio Grande do Sul deve ser cerca de 1 milhão de toneladas maior que o do Paraná. | Josua© Teixeira/gazeta Do Povo
Volume colhido pelo Rio Grande do Sul deve ser cerca de 1 milhão de toneladas maior que o do Paraná.| Foto: Josua© Teixeira/gazeta Do Povo

Os moinhos acabam de ganhar dez dias extras para importar trigo de fora do Mercosul com isenção de Tarifa Externa Comum (TEC) de 10%. O prazo final passou de 31 de agosto para 10 de setembro. O país tenta ampliar as compras da América do Norte para evitar escassez e amenizar a inflação no preço do pão e outros derivados da farinha, que subiu 29% em um ano.

O volume livre de TEC foi elevado de 2 milhões para 2,3 milhões de toneladas, numa medida que tenta evitar escassez na indústria. Desse total, perto de 1 milhão de toneladas já chegou aos portos brasileiros.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), Marcelo Vosnika, disse que a entidade não fez campanha para ampliação do prazo. A medida é de interesse do governo no controle da inflação, considera.

Mesmo assim, a medida agrada aos moinhos. Nos bastidores, o setor vinha informando que o ideal seriam 15 dias de prorrogação e 600 mil toneladas extras.

O Brasil já importou 4,1 milhões de toneladas de trigo neste ano, conforme a Secretaria de Comércio Exterior. Os números referem-se ao período de janeiro a julho.  São 570 mil toneladas ou 16% a mais do que no mesmo período de 2012. A tendência é que sejam superadas as 6,44 milhões de toneladas importadas no ano passado.

A Argentina continua sendo a principal fonte externa do cereal para o abastecimento brasileiro, apesar de as negociações terem sido interrompidas por Buenos Aires, que também tenta administrar a escassez do alimento. A importação de trigo argentino até julho foi de 2,5 milhões de toneladas, ante 2,8 milhões de toneladas do mesmo período do ano passado. Ou seja, houve retração de 300 mil toneladas, volume igual ao que o governo brasileiro acaba de autorizar compra extra de fora do Mercosul.

Já as compras dos Estados Unidos passaram de 17 mil para 991 mil toneladas comparando os primeiros sete meses de 2013 com os de 2012.  O produto norte-americano, segunda alternativa externa, chega ao Brasil a cerca de R$ 1 mil por tonelada, provocando reajustes nos preços ao consumidor brasileiro.

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