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Intervenção do governo tem o objetivo de sustentar preços mesmo com excedentes na produção | Jonathan Campos / Gazeta Do Povo
Intervenção do governo tem o objetivo de sustentar preços mesmo com excedentes na produção| Foto: Jonathan Campos / Gazeta Do Povo

O governo federal vai liberar R$ 700 milhões para apoiar a comercialização do milho através de leilões públicos, de Escoamento da Produção (Pep) e de Equalização de Preços (Pepro). A medida chega em boa hora para o setor, que tem um excedente recorde neste ano pressionando os preços do cereal no mercado brasileiro, especialmente em Mato Grosso, líder nacional em colheita do grão.

O instrumento que é considerado o mais eficiente para o momento é o de Escoamento da Produção, que paga um prêmio usado no pagamento de frete para um comprador tirar o produto de regiões onde há excesso e abastecer onde há déficit de oferta. Esse é o caso do Nordeste brasileiro, que neste ano sofreu a pior quebra de safra da história por conta de uma seca prolongada. Como a operação de cabotagem inviabiliza o transporte de milho do Sul para o outro do lado do país, o setor recorre ao apoio público.

A primeira operação está marcada para a próxima terça-feira, 16 de julho, às 9h, e vai contemplar o estado de Mato Grosso. Na modalidade Pepro, o governo irá subsidiar a  remoção de um milhão de toneladas de milho mato-grossense para 12 estados e o norte de Minas Gerais. O cereal poderá ser destinado para os estados do Amazonas, Acre, Amapá, Roraima, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Rio de Janeiro e Espírito Santo, além do norte de Minas Gerais. O valor considerado para o produto é de R$ 0,217 o quilo do grão (R$ 13,02 a saca de 60 kg).

Além dos leilões de Pepro e Pep, o governo anunciou também a liberação de mais 1 milhão de toneladas para atender a demanda de avicultores, suinocultores e outros pecuaristas na área de abrangência da Superintendência de Desenvolvimento do Norteste (Sudene).

Excedente17,5 mi de t é quanto deve sobrar de milho nos estoques do Brasil até o final de fevereiro. Volume é recorde – está 12 milhões de toneladas acima do ano passado – é resultado de uma colheita recorde de inverno.

(Atualizado em 10 de julho de 2013, às 15h20)

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