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A Gazeta do Povo/Caminhos do Campo encerra hoje a série de reportagens especiais do projeto Rumos da Safra 2006/07. Desde o início dos trabalhos, em setembro do ano passado, foram sete cadernos e dezenas de reportagens nas edições diárias do jornal, que retrataram a produção agrícola paranaense e também do Mato Grosso. Depois de mais de 15 mil quilômetros percorridos, pelas principais regiões produtoras desses dois estados, fica a sensação de que, apesar das dificuldades, muito mais do que necessário, produzir no Brasil é uma aventura, mas também uma satisfação.

Visitamos dezenas de propriedades, conversamos com outras dezenas de produtores, técnicos e lideranças do setor. Procuramos traduzir um pouco das conquistas e dificuldades do campo, suas angústias e lamentações. Passamos por lugares onde a produção agrícola não é somente a única fonte de renda do agricultor, mas de toda uma região. Descobrimos como são diferentes os mundos dentro e fora da porteira. Uma coisa é produzir, outra é escoar a produção e conseguir um preço justo pela saca de soja ou de milho, o que nem sempre acontece.

Nossa intenção nunca foi a de mostrar apenas estatísticas, mas sim como se chega aos números. Mesmo porque, muitas vezes a conta não fecha. Para o agricultor, dois mais dois nem sempre é igual a quatro. A equação está, literalmente, sujeita a intempéries, sejam eles climáticos ou então de mercado. Será que vai chover o suficiente? E a demanda, vai crescer o suficiente para comportar o aumento na produção? A resposta nem sempre acertada dos consultores e meteorologistas tem sempre um ‘veja bem’ no meio. Ou seja, o risco é sempre seu, quero dizer, do produtor.

Sob essa ótica, temos a convicção de que, com o apoio das entidades parceiras – Federação da Agricultura (Faep) e Organização das Cooperativas (Ocepar) –, o Rumos da Safra presta um serviço de utilidade pública, não apenas à cadeia produtiva, mas à sociedade organizada de um modo geral. Isso porque, num país onde 1/3 do Produto Interno Bruto (PIB) sai do campo, outros segmentos da economia, das zonas urbana ou rural, também estão sujeitos às variações positivas ou negativas do setor.

E nesta edição, em que vamos falar um pouco sobre a realidade do Mato Grosso, estado do Centro-Oeste que se esforça para consolidar e viabilizar a maior fronteira agrícola do país, é importante registrar o apoio técnico das entidades parceiras, e também agradecer a disposição dos produtores, sindicatos rurais, cooperativas e lideranças do setor que direta ou indiretamente colaboraram com o trabalho. Foram pessoas que entenderam a proposta e a seriedade de um projeto que tem a pretensão de tornar-se periódico e ampliar cada vez mais a cobertura jornalística do agronegócio, do Paraná e do Brasil.

Obrigado a todos e até a Safra 2007/08.

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