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A soja convencional voltou a ser apontada como alternativa para quem quer arrecadar mais com a produção. Desenvolvido no Mato Grosso, o programa Soja Livre, que incentiva o cultivo de grãos sem modificação genética chega ao Paraná nesta safra. Os produtores estão se organizando e reagindo à escassez de sementes convencionais, enfatiza Ivan Paghi, diretor técnico da Associação Brasileira dos Produtores de Grãos Não Geneticamente Modificados (Abrange).

Paghi está no Paraná para a realização de dias de campo em que o Soja Livre é um dos destaques. Ele estima que o estado ainda planta em torno de 25% de soja convencional e pode receber bônus se essa produção for segregada. Os custos das duas opções são praticamente os mesmos, avalia.

O produtor Renato Haroldo de Geus, de Carambeí (Campos Gerais), cultiva 50% de uma área de 600 hectares com sementes transgênicas e 50% com convencionais. Tem bônus de R$ 3,4 por saca de 60 quilos para os grãos livres de transgenia pago pela cooperativa Batavo. Planta transgênicos tolerantes a glifosato onde precisa controlar o mato na fase de crescimento da lavoura. O bônus representa ganho de mais de 5% no preço final, um adicional comparado ao que os produtores de sementes recebem em regiões que têm clima privilegiado e colhem grãos com maior potencial de germinação.

Na visão de Anacleto Luís Ferre, gerente agrícola da cooperativa Batavo, o prêmio pago pela indústria à soja convencional não é suficiente para atrair o agricultor em larga escala, pelo risco de rendimento inferior. "A pesquisa das sementes convencionais não evolui tanto quanto a das transgênicas", afirma.

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