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Os contratos futuros da soja e do milho registraram ontem a segunda baixa da semana na Bolsa de Chicago (CBOT). O contrato janeiro/2010 da oleaginosa recuou 25,5 pontos e encerrou a quarta-feira valendo US$ 10,33 o bushel (27,2 quilos), o equivalente a US$ 22,79 a saca de 60 quilos. Com queda de 8 pontos no dia, o primeiro contrato do cereal terminou os negócios cotado a US$ 3,92 o bushel (25,4 quilos), ou US$ 9,26 a saca.

A desvalorização é resultado de um movimento de correção técnica e não reverte a tendência de alta desenhada pelos dois grãos em Chicago nas últimas semanas, defende o analista da Cerealpar Steve Cachia. Os preços haviam subido demais e por isso os fundos começaram a liquidar posições, explica. "Tivemos um bom rali nas últimas semanas. A queda de ontem foi possivelmente apenas uma pausa para respirar, nada fora do normal. Na dúvida, o pessoal garante lucros", avalia.

Os fundos de investimento têm aumentado sua participação nas commodities agrícolas para manter sua rentabilidade em um período em que outros mercados financeiros trabalham em baixa, observa Leonardo Menezes, analista da Céleres. "O que tem sustentado a soja ultimamente é o capital especulativo. Ontem, os fundos resolveram realizar lucros e puxaram os preços para baixo, mas não deve ser uma situação permanente", considera. Segundo estimativas de operadores de mercado, os fundos teriam liquidado ontem cerca de 5 mil contratos de soja e 3 mil de milho.

Menezes cita também o avanço do plantio da nova safra de verão sul-americana como fator de pressão sobre os preços em Chicago. "Com a safra evoluindo bem no Brasil e na Argentina, cresce a expectativa de uma boa produção, o que seria baixista para as cotações na CBOT", relata.

Mercado interno

A expectativa de boas safras na América do Sul foi sentida também no Paraná, que registrou queda no preço da soja ontem. Levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual da Agri­cultura e do Abastecimento (Seab), mostra que a cotação média da saca recuou 1,14% no estado, para R$ 40,68. Já o milho, que teve sua área reduzida consideravelmente neste verão no país, ficou praticamente estável ontem (+0,13%), com a saca cotada a R$16,33 no estado.

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