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A resistência dos brasileiros em comer carne de cavalo se deve mais a razões culturais que gastronômicas. Segundo o pesquisador Roberto Lima, coordenador do estudo, ela tem aparência (cor vermelha), textura e sabor similares à da carne bovina – amplamente consumida no país –, com a vantagem de conter menos gordura.

Na avaliação de Arruda, a causa da resistência é sentimental, já que o dono acaba se apegando ao animal, parceiro de esporte, passeios ou do trabalho na lavoura. Mesmo quem nunca foi dono de um cavalo guarda essa relação com o animal.

Em países como Bélgica, França e Japão, a carne de cavalo é usada em diversos pratos, substituindo o produto bovino. "No Japão, o sushi de cavalo é um dos mais caros", conta Arruda. Outra forma de uso, inclusive no Brasil, é em embutidos, como a mortadela, para dar consistência e "liga" às demais carnes empregadas. É uma opção saudável, já que a sua retirada da composição implica no uso de aditivos químicos.

A reportagem da Gazeta do Povo tentou, sem sucesso, ouvir a opinião de alguém que tenha comido carne de cavalo. "Não temos informações sobre isso. Não conheço ninguém que comeu. Nos supermercados, já é fácil encontrar carnes exóticas, como javali, jacaré e avestruz. Mas não existe carne de cavalo", compara Helena Maria Simonard, diretora do curso de Nutrição da Pontifícia Universidade Católica (PUC), em Curitiba.

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