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O Índice de Confiança do Agronegócio caiu dois pontos no primeiro trimestre de 2014 em comparação aos últimos três meses de 2013. O IC Agro Geral, que engloba o “antes” e “depois” da porteira, além do produtor agropecuário, registrou queda de 104,5 para 102,7 pontos, em uma escala que vai de 0 a 200.

A redução significa mais cautela em todos os elos da cadeia agrícola, conforme a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), responsáveis pela pesquisa. Mais de 1,5 mil entrevistas foram realizadas para captar os ânimos do setor.

Segundo o levantamento, todos os itens apresentaram variações negativas na avaliação por segmentos do relatório. A “Indústria Antes da Porteira” puxou a queda, despencando 8 pontos porcentuais. “Produtores Agropecuários” e “Indústria Pós Porteira” caíram 0,4 e 0,6 pontos, respectivamente.

A diminuição da pontuação da “Indústria Antes da Porteira” foi motivada, em especial, pelo pessimismo do setor de máquinas agrícolas, que totalizou 21,3% menos vendas entre janeiro e março deste ano do que em 2013.

No entanto, conforme a Fiesp, a perspectiva dos envolvidos neste segmento de avaliação para o futuro é positiva. “Seja em relação ao setor que atuam ou à economia brasileira, eles acreditam que o cenário mudará para a melhor”, afirma o diretor do Departamento de Agronegócio da Fiesp, Benedito da Silva Ferreira.

A avaliação é oposta ao pensamento dos produtores agropecuários, que se mostraram satisfeitos em relação aos preços atuais e à confiança no setor, mas temem o futuro. O otimismo, contudo, não refletiu em alta no índice de confiança porque há muitas reclamações sobre a economia brasileira e os custos de produção desta safra, de acordo com o relatório.

Medo do clima

A questão climática é apontada por 82,2% dos produtores agropecuários como o principal problema para o setor agropecuário, conforme a pesquisa. O percentual é quase o dobro do registrado no último levantamento, quando a opção foi escolhida por 46,8% dos entrevistados. “Isto ocorre por uma questão sazonal, seja por influência do excesso de chuvas que ocorreram na região Centro-Oeste ou pela seca observada nas regiões Sul e Sudeste”, explica o diretor da Fiesp.

As alternativas “alta incidência de pragas e doenças” e “falta de trabalhador qualificado” são outros dois temores dos produtores, com taxas de 30,4% e 22,5%, respectivamente. As duas preocupações impulsionaram o aumento de 10,3 pontos percentuais na expectativa de investimentos em tecnologia ligada ao custeio da produção.

Outros 27% dos agricultores questionados afirmaram que farão aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas, com destaque para a compra de tratores, seguidos por colheitadeiras e plantadeiras.

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