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O agronegócio nem sempre se dá conta da importância de discussões sobre mercado, sustentabilidade e inovação, como as puxadas pelo 2º Fórum de Agricultura da América do Sul, na última semana, em Foz do Iguaçu. Mas elas definem das condições de produção ao preço das commodities.

É preciso considerar que, sem política e planejamento, as ações tendem a seguir os ventos do mercado, que nem sempre sopram a favor do setor produtivo. Particularmente para a América do Sul, que somente agora se dá conta de sua importância no mercado internacional, importância essa nem sempre reconhecida na formação de preços.

A região precisa ampliar o debate para uma ação coordenada e mais efetiva no estabelecimento de acordos comerciais, apontou o Fórum em tema detalhado pela edição de hoje na reportagem da capa do Agronegócio. As negociações em curso são consideradas apenas um começo.

Não há dúvida de que os países sul-americanos estão muito tímidos em suas negociações. Uma prova disso é que o Brasil, apesar de representar metade do Produto Interno Bruto (PIB) da América do Sul, está atrás do Chile, que detém 8% do PIB regional, no estabelecimento de acordos internacionais.

Outro ponto crucial é que a região ainda carece de informações sobre as próprias condições de produção. Trabalhos como o da Expedição Safra e o próprio Fórum, realizados pelo Agronegócio Gazeta do Povo, têm sua importância reconhecida nesse contexto.

No agronegócio do futuro, mais sustentável e inovador em termos econômicos e estruturais, vai saber com mais precisão e antecedência o volume de cada safra. Vai monitorar as lavouras de cada país sul-americano em tempo real, para que a região e o próprio mercado tenham um espelho da oferta.

Em outra frente, vai negociar a produção de forma proativa, a partir de acordos que respeitem políticas regionais de desenvolvimento econômico e social. Uma articulação baseada em informação e que promete benefícios inestimáveis, seja na sustentação do preço de uma saca de soja ou na geração de renda e de impostos.

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