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Código Florestal (foto 1)

O Código Florestal será mais uma vez tema de reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. De acordo com Stephanes, os dois se encontrarão no mês que vem para discutir o tema. "Não falamos em flexibilização, mas em corrigir erros do Código", disse o ministro, que sofre uma forte pressão do Ministério do Meio Ambiente para alterações significativas na legislação, que é de 1965 e está sendo discutida pelo Congresso. O presidente da Comissão Especial para Reforma da Legislação Ambiental, deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR), informou que a série de audiências públicas realizadas em várias regiões do país para aprofundar o assunto está chegando ao final. Ainda este mês estão previstas audiências em Rio Branco, no Acre, e em Corumbá, Mato Grosso do Sul. Em 1º de março, está agendada uma reunião em Teresina (Piauí).

Trigo I: Brasil quer disciplinar moinhos (foto 2)

O governo brasileiro está revendo sua política para o trigo, depois de incentivar a produção e se deparar com antigos problemas na comercialização da última safra. A meta agora é tornar a produção mais estável, sem as altas e baixas de anos recentes, segundo o Ministério da Agri­­cultura. Os produtores alegam que não há segurança para produzir mais. Com custos altos e transporte caro do Sul para Nordeste e Norte, não conseguem competir com países como Argentina. Para o governo brasileiro, a indústria do trigo não está colaborando o suficiente para estruturar a produção, formando estoques excessivos às vésperas da colheita. A revisão da política nacional deve incluir medidas que restrinjam as importações.

Trigo II: Estoques de baixa qualidade ainda têm destino incerto

Os trigo que não atingiu a qualidade exigida pelos moinhos continua estocado em fazendas e armazéns públicos e privados. Muitos produtores ainda não sabem qual será o destino do alimento. De uma safra de 5 milhões de toneladas, houve apoio com o PEP (programa que subsidia o transporte) para mais de 60% da produção. No entanto, ainda há grãos de baixa qualidade para vender. Na pior das hipóteses, o material terá de ser destinado para ração animal, dizem os produtores. As chuvas afetaram a qualidade do trigo no ano passado. Os produtores alegam que, para incentivar a produção e garantir que a safra nacional represente mais que 50% do consumo interno, o governo deveria ter um programa para garantir renda à agricultura em anos safras problemáticas.

Exportações I: Brasil vai em busca de novos mercados

Com a meta de conquistar no curto prazo um mercado com potencial de US$ 10 bilhões, estão programadas 19 missões de negociação sanitárias e fitossanitárias brasileiras para 25 países. Entre os produtos estão a carne suína, bovina, e de aves, além de frutas. Em alguns países, como o Japão, as negociações estariam adiantadas. Também estão previstas 12 missões de promoção internacional, a serem realizadas em conjunto com a iniciativa privada. Serão visitados 15 países, entre eles, China, Japão, Coréia do Sul e Rússia. Alguns dos produtos negociados serão a soja, milho, arroz e carnes. O Paraná busca neste ano estabelecer calendário para se tornar livre da febre aftosa sem vacinação, facilitando a exportação de carne bovina.

Exportações II: Embarques devem crescer perto de 5%

Um estudo do governo federal aponta que o Brasil deve exportar 6% a mais em volume em 2010. As vendas externas recuaram 9,8% em receita em 2009 ante o ano anterior, passando, no período, de US$ 71,8 bilhões para US$ 64,8 bilhões. Em termos quantitativos, houve um decréscimo de 0,4% em volume de vendas ao exterior. Esses movimentos fizeram com que a participação do agronegócio no total das exportações brasileiras passasse de 36% em 2008 para 42% no ano passado. Mesmo com o aumento em volume, a tendência para 2010 é de redução dessa fatia, já que os outros setores da economia tendem a mostrar recuperação. Entre os países mais resistentes a adquirir produtos brasileiros estão Canadá, México e Coreia.

Regulamentação: Governo cria site para orientarprodutores de orgânicos (foto 3)

O Ministério da Agricultura está usando o site www.prefiraorganicos.com.br para orientar os produtores rurais interessados na certificação de alimentos orgânicos. No endereço, há informações sobre legislação, cartilhas educativas para adequação aos novos regulamentos, formulários para cadastros e credenciamentos. Os produtores rurais interessados em ter o selo de orgânico em seus produtos terão até o final do ano para se adaptar às novas regras indicadas pelo governo federal. O prazo para alterações no modo de produzir os alimentos termina em 31 de dezembro e a regularização da produção orgânica é baseada em regras para produção e comercialização, incluindo armazenamento, rotulagem, transporte, certificação e fiscalização. Um selo do Sistema Brasileiro de Conformidade Orgânica vai identificar alimentos que atendem as novas regras.

Soja 2010: Ferrugem recua no Paraná, mas avança no Centro-Oeste (foto 4)

O clima úmido está fazendo com que a ferrugem asiática da soja se alastre no Sul e no Centro-Oeste do Brasil, no auge da colheita de verão. O total de casos passa de 1,7 mil – cerca de 5% a mais que nesta época de 2009. No Paraná, 260 ocorrências foram confirmadas pelos laboratórios do sistema nacional de alerta. O estado foi mais afetado na safra passada, conforme a Embrapa Soja. Nesta época, já tinha 670 registros. O número caiu substancialmente nas lavouras paranaenses, mas cresceu em Goiás, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Os produtores ainda estão fazendo aplicações de fungicidas. Segundo os técnicos, o barateamento desses produtos facilitou o manejo, mas não eliminou o risco de perdas na produção.

Errata

Na edição passada do Caminhos do Campo, informamos que a cidade de Victor Graeff pertence a Santa Catarina. Na verdade, o município fica no Rio Grande do Sul.

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