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As principais apostas na maçã Eva – lançada há exatamente uma década – foram feitas nos úl­­ti­­mos cinco anos. Julieta, polinizadora adaptada a climas mais quentes que o de tradicionais produtores como Palmas, Lapa e Porto Amazonas – tem apenas dois anos de mercado. Nesta safra, os fruticultores tiram a prova do casamento entre as duas variedades, ambas desenvolvidas pelo Ins­ti­tu­to Agronômico do Paraná (Iapar).

Palmas, que cultiva 850 hectares de maçã (43% da área da fruta no Paraná), perdeu participação na produção. Já chegou a colher 80% da safra estadual, e hoje sustenta 60%, com cerca de 25 mil toneladas. Por outro lado, dez municípios do Norte e Norte Pioneiro do Pa­­raná se dedicam à fruta atualmente, o dobro que uma década atrás. Eva e Julieta ganham espaço nos novos pomares. Em municípios como Campo Largo, dão no­­vas perspectivas aos fruticultores.

"Tínhamos que trabalhar por dia para não ficar sem dinheiro. Agora, com 3,5 hectares de ma­­çã, vamos pagar o pessoal da colheita, quitar a primeira parcela do financiamento do pomar e ainda vai sobrar al­­gum", relata a produtora Ma­­ria Go­­gola. Cada hectare de macieira custou R$ 25 mil. O fi­­nan­­ciamento tem mais sete parcelas.

A área hoje ocupada pela fruta era usada no cultivo de grãos. "Não dava para sobreviver aqui plantando milho e feijão", relata dona Ma­­ria. Além da maçã, sua família cul­tiva 2,5 hectares de pêssego e ameixa. Faltam caixas para as frutas.

A maçã é a principal fruta de Campo Largo, apesar do assédio de culturas como a uva, relata a agrônoma da prefeitura Selma Aparecida dos Santos. "Toda a maçã ofertada nesta época do ano é vendida rapidamente, por um preço melhor do que o da safra tradicional." O programa está em fase inicial, relata, com muitos produtores ainda sem armazéns ou estratégias de comercialização.

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