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O índice de vendas antecipadas está 10 pontos à frente se comparado ao desta mesma época de 2010, quando 40% da produção estava comprometida. "Fazia tempo que não tínhamos duas boas safras consecutivas. Este ano, o produtor endividado deve conseguir quitar os débitos dos últimos anos e provavelmente fazer caixa." Por outro lado, ele recomenda cautela em novos investimentos.

Antes de garantir uma boa receita, os sul-matogrossenses precisam driblar as constantes chuvas que caem sobre as lavouras. As previsões meteorológicas indicam pancadas de chuvas durante toda esta semana no Centro-Oeste. Para o assessor técnico do Sistema Ocepar, Sílvio Krisnk, chuvas neste momento da colheita podem acarretar prejuízo. "Se os volumes ultrapassarem os 50 milímetros nesta fase, a situação pode se complicar", afirma.

Com 900 hectares plantados com soja e 300 hectares com milho, os irmãos Omar e Marcelo Pessato, de São Gabriel do Oeste, notam redução na produtividade da oleaginosa. "Estamos colhendo 60 (3,6 mil quilos) sacas por hectare. Ano passado conseguimos 64 (3,84 mil quilos)", conta Omar. A queda no rendimento está associada a uma seca de 20 dias ocorrida logo após a semeadura do ciclo atual.

Em visita à região desde o início da semana, a Expedição Safra Gazeta do Povo constatou que a colheita está pelo menos dez dias atrasada em Mato Grosso do Sul. Com isso, o plantio da segunda safra de milho e também o do algodão serão concluídos mais tarde, assim como em quase todos os estados que cultivam o cereal e a pluma durante o inverno.

Para o milho de 2ª safra, a previsão é de crescimento de área de 830 para 933 mil hectares, conforme os números da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os problemas climáticos tendem a fazer a produtividade cair 7,4%, para 3,75 mil quilos por hectare.

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