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Na semana em que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos promoveu novo corte na produção de grãos do país as cotações da soja andaram de lado na Bolsa de Chicago. Os preços reagiram positivamente somente na quarta-feira, quando o relatório foi divulgado. Nos dias seguintes o mercado não encontrou sustentação e voltou a esfriar. O contrato novembro/12 da soja terminou o pregão de ontem praticamente no mesmo patamar da semana anterior: US$ 17,39 por bushel (o equivalente a US$ 38,25 por saca de 60 quilos).

Os analistas consideram que a tendência ainda é altista, mas para que a oleaginosa retome a escalada em Chicago, o mercado precisa de notícias referentes ao consumo. A China, principal cliente de Estados Unidos e Brasil, tem se retirado da ponta compradora nas últimas semanas. Pedro Dejneka, analista de mercado da Futures International em Chicago, avalia que a posição chinesa neste momento é estratégica. "Eles [chineses] sabem que é época de colheita aqui [EUA], o que geralmente pressiona os preços dos grãos. Por isso eles estão desovando o que precisam de suas reservas agora", opina. Ele acredita que o retorno da China às compras deve ocorrer assim que a correção dos preços chegar aos níveis de US$ 16,75 e US$ 17 por bushel.

No que diz respeito à oferta, os traders olham agora para a América do Sul, especialmente para o Brasil, que terá papel fundamental no abastecimento mundial de soja em 2013. O país dará a largada do plantio de soja amanhã. Será o início de uma temporada que tem tudo para render colheita e exportações recordes. Essa importância do Brasil influenciará como nunca o comportamento dos preços do produto em todo o mundo.

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