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A recente alta dos preços futuros do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) afasta a necessidade de o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento intervir rapidamente no mercado do cereal para sustentar os preços ao produtor, disse nesta quinta-feira, 16, em São Paulo, o secretário de Política Agrícola, André Nassar.

Ele voltou a afirmar que a pasta vai apoiar a comercialização de milho, mas avalia que neste momento não é preciso agir com urgência. Segundo Nassar, as cotações internas estão pressionadas pela oferta crescente do grão, natural em períodos de colheita. "Mas como Chicago deu uma boa resposta em termos de aumento, uma coisa está balanceando a outra, o que tira um pouco a urgência. Mas vamos ter de fazer isso [intervir]", disse. No início de junho ele já havia avaliado que o mercado do cereal ficaria "no limite", exigindo apenas intervenções pontuais no mercado.

O contrato dezembro do milho fechou o pregão de ontem em queda de 0,17% na Bolsa de Chicago, mas em 30 dias acumula alta de quase 19%, sustentada pelo excesso de umidade que pode afetar a qualidade da safra norte-americana.

Nos próximos dias, Nassar deve discutir medidas de apoio à comercialização com o Conselho Interministerial de Estoques Públicos (CIEP). Apesar de os preços domésticos estarem estáveis desde o início do mês, em algumas regiões o grão é comercializado abaixo do valor mínimo fixado pelo governo com base nos custos que o agricultor tem para produzir.

Nassar também destacou que o governo está realizando estudos para implantar novas ferramentas de apoio à comercialização para reduzir a volatilidade de preços no momento da entrada da safra. A perspectiva é que estas novas ferramentas sejam lançadas em 2016 para as culturas de algodão e café. A ideia é que as medidas complementem políticas já existentes.

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