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Uma nova fronteira agrícola está sendo descoberta no Extremo-Sul do Paraná. Palmas é o epicentro desse movimento. O agronegócio é o carro chefe do município, que se destaca pela diversidade da produção. Recuperando áreas de pastagem degradadas e investindo em tecnologia de ponta nas lavouras, Palmas conseguiu dobrar o rendimento do milho em dez anos e crescer consideravelmente na soja e no trigo. Os índices de produtividade crescentes e o custo da terra, menor que em outras regiões agrícolas mais tradicionais, atraem gente de todo o Paraná e também de outros estados do país.

O município tem disponível para a agropecuária pouco mais de 50 mil hectares, mas apenas 20 mil estão ocupados, estima Josemar Fonseca, agrônomo da Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento (Seab) em Pato Branco. Há dez anos, apenas 10 mil hectares eram cultivados. As melhores áreas já foram abertas, mas ainda há ao menos outros 10 mil hectares para explorar, calcula Fonseca.

O clima não é tão favorável à soja por causa da baixa luminosidade, mas é fácil abrir área, avalia o produtor Renato Vargas Gregório. Já o milho vai muito bem na região. O principal entrave à expansão é a dificuldade na comercialização do grão. Plantado mais tarde que no resto do estado, o cereal é colhido em Palmas durante a boca de safra, quando o mercado já está abastecido e os preços estão mais retraídos. "Se esperar para vender, pega a entrada da safrinha", explica o produtor Koso Abe.

O município tem hoje cerca de15 mil hectares cultivados com soja e outros 5 mil hectares de milho de verão. No inverno, o trigo é a cultura de maior tradição, com 840 hectares. A batata também é expressiva na região, uma vez que as chuvas abundantes dispensam a irrigação. Em duas safras, são 800 hectares do tubérculo.

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