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China liberou três novas tecnologias, mas o setor de sementes brasileiro aguardava aprovação de quatro variedades enviadas que estavam no pleito. | Roberto Custa³dio / Gazeta Do Povo
China liberou três novas tecnologias, mas o setor de sementes brasileiro aguardava aprovação de quatro variedades enviadas que estavam no pleito.| Foto: Roberto Custa³dio / Gazeta Do Povo

Após anos de negociação, a China decidiu abrir o seu mercado para três novas tecnologias de soja geneticamente modificadas: Intacta RR2 PRO, CV127 e Liberty Link. A notícia foi divulgada nesta segunda-feira pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, depois de um encontro com o governo chinês, em Pequim.

Conforme a indústria sementeira, apenas a primeira variedade, desenvolvida pela norte-americana Monsanto, será comercializada já na próxima temporada, que começa oficialmente em setembro deste ano. As outras duas sementes -- uma de propriedade da Embrapa e Basf e a outra da Bayer, respectivamente -- ainda estão em processo final de lançamento no Brasil.

Apesar disso, entre 5% e 7% da área estimada para a safra 2013/14 no verão devem ser ocupados pela variedade da empresa dos Estados Unidos, algo em torno de 1,5 milhão de hectares e 2 milhões de hectares. A avaliação parte da Abrasem e Apasem, entidades que representam o setor no país e no Paraná, respectivamente.

A notícia vinda do outro lado do mundo é comemorada no Brasil. "Essa aprovação beneficia não só a indústria, mas também os produtores. Crescemos muito com essa tecnologia, que foi desenvolvida exclusivamente para as lavouras brasileiras. O ataque de lagartas causou prejuízos bilionários ao país na última safra", lembra Narciso Barison Neto, presidente da Abrasem. A Intacta RR2 Pro promete alta produtividade e resistência às principais lagartas que atacam a soja, incluindo a Helicoverpa armigera.

Os produtores aguardavam a liberação da China para apostar no plantio da variedade, que já vem sendo testada em campo. O país asiático é o principal mercado comprador da soja brasileira, com cerca de 70% das exportações.

“A decisão é extremamente favorável. A aprovação vai incentivar ainda mais as pesquisas e melhoramento das sementes”, aposta Raphael Froes, presidente da Associação Paranaense dos Produtores de Sementes e Mudas (Apasem). Ele acredita que o preço da semente fique entre R$ 3 e R$ 4 por quilo, acima das outras variedades. “O valor não deverá ser tão elevado, mas superior as outras pela questão da oferta e procura”, diz.

Em fevereiro, durante a Show Rural Coopavel, em Cascavel, Monsanto anunciou que a cobrança dos royalties da Intacta RR2 Pro será de R$ 115 por hectare na compra da semente.

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