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O Show Rural se tornou essencial à agricultura não só pela pressão do mercado, que exige produtividade cada vez maior. O aparecimento de novas tecnologias e sua superação ocorrem de forma cada vez mais acelerada, afirma o pesquisador da Embrapa Décio Gazzoni, um dos 14 integrantes do Comitê Estratégico Soja do Brasil (Cesb), grupo de voluntários que tenta elevar a produtividade média nacional no cultivo da oleaginosa.

O primeiro contato com novas alternativas normalmente ocorre em exposições. A partir daí, a transferência de tecnologia para o campo passa a depender de suporte técnico – oferecido por indústrias, cooperativas e órgãos públicos – e do próprio produtor, analisa o agrônomo Adelar Motter, técnico da área de difusão e repasse de tecnologia do Instituto Agro­­nômico do Paraná (Iapar). Cerca de 40 pesquisadores do Iapar participam do Show Rural, com pesquisas sobre manejo e integração lavoura-pecuária, por exemplo. No total, o governo do estado leva para o evento 200 profissionais ligados às atividades do agronegócio, segundo o secretário de Agri­­cultura Valter Bianchini.

A conclusão dos especialistas é que a tecnologia que dobrou a produtividade de milho e soja nas últimas três décadas ainda não foi plenamente aproveitada. Eles consideram que ora os produtores não têm acesso ora não aplicam como deveriam os conhecimentos e alternativas disponíveis.

Depois de registrar casos de 5 mil quilos de soja por hectare em concurso de produtividade realizado na safra passada, o Comitê Estratégico Soja do Brasil lançou novo desafio que complementa eventos como o Show Rural. O teto de 1 mil inscrições já foi atingido e, dentro de dois meses, serão conhecidos os líderes de produtividade das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste (ou Centro-Norte).

"No primeiro ano, pedimos que o produtor simplesmente caprichasse, usando as tecnologias de que dispunha. No concurso atual, incentivamos a busca de novas alternativas, para que haja uma evolução em termos de produtividade", relata Gazzoni. Com o aproveitamento de conhecimentos como os que estão à mostra em Cascavel, os integrantes do Cesb acreditam ser possível atingir 4 mil toneladas de soja por hectare, 1,2 mil quilos a mais que a média nacional. A média brasileira alcança a dos Estados Uni­dos, tradicional líder mundial na colheita de soja.

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